Mato Grosso,
Quinta-feira,
18 de Abril de 2024
informe o texto a ser procurado

Notícias / Política

29/06/2017 | 14:29 - Atualizada em 29/06/2017 | 15:11

Disputa pelo Governo esbarra em investigações

Da Reportagem

O processo eleitoral de 2018 colocará na mesa questões que vão além de alianças e acomodações partidárias. Hoje, a maior discussão interna dos partidos políticos é: os principais nomes com chances ou densidade para disputar o Governo do Estado, por exemplo, terão condições de se apresentar como candidatos em um futuro próximo? Investigações, delações, prisões estão entre os fantasmas que rondam aqueles que já despontam em uma lista de opções para o eleitorado mato-grossense.

No topo da incógnita eleitoral figura o governador do Estado, Pedro Taques e seu PSDB. O partido enfrenta desgaste desde o primeiro ano do mandato do tucano com a deflagração da Operação Rêmora, que levou à prisão do então secretário de Educação, Permínio Pinto, para citar algumas das situações.

Desde então, a série de desmandos e operações que rondam o Paiaguás tem tirado o foco da governabilidade tornando Taques cada vez mais vulnerável, quando se trata de manter a máquina e ainda administrar uma virtual candidatura à reeleição.

Outro exemplo do desgaste é o esquema de escutas telefônicas clandestino montado pela Polícia Militar que monitorava políticos, advogados, médicos e um jornalista. Caso que levou à queda do então “homem-forte” da gestão tucana e primo do governador, Paulo Taques, e às prisões de policiais militares em cargos de destaque na administração. A lacuna deixada pelo primo, por exemplo, não foi preenchida e o Governo caminha sem uma linha de frente para reverter o quadro de desgaste político e administrativo.

Em uma via alternativa, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), começa a ser ventilado como nome à disputa majoritária pelo grupo encabeçado por Taques. Um dos impedimentos, hoje, seria a ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, em 2014, quando ele e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo órgão acusadas de fraudarem um leilão judicial de uma mineradora para direcionar a venda para o grupo empresarial do ex-prefeito. A ação está em tramitação, caso condenado Mauro Mendes pode perder os direitos políticos.

Do lado oposto, o senador Wellington Fagundes, líder do PR, e Antônio Joaquim, presidente do Tribunal de Contas, também aparecem como virtuais candidatos. No entanto, o senador tem sido citado em investigações recentes da Operação Lava Jato, em conversas suspeitas e reuniões com o ex-assessor especial do presidente Temer e deputado federal, hoje preso, Rodrigo da Rocha Loures. Nesse contexto, dificilmente Fagundes encararia uma disputa pesada como a majoritária, tendo em vista que tem pela frente mais cinco anos de mandato no Senado.

Já Antônio Joaquim, cortejado por inúmeros partidos, além de estar impedido de atuar de forma político-partidária por estar no TCE, também vivencia a incômoda situação de ver seu nome ligado a suspeitas e investigações  Uma delas se refere à citação do nome dele como um dos cinco conselheiros que teriam recebido propina do ex-governador Silval Barbosa, conforme delatou o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.
 
Um processo eleitoral “sub judice” é o que se desenha no momento, o que abre espaço para o surgimento de alternativas que poderão se apresentar ao eleitorado de uma maneira menos comprometedora que os atuais gestões e líderes.
 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Assista Ao Vivo
 
Sitevip Internet