O governador Pedro Taques (PSDB) admitiu que o salário de outubro dos servidores públicos seja pago de forma “escalonada”. A previsão é de que o pagamento ocorra até o dia 10, data limite imposta pela Constituição para que os salários sejam depositados.

O governador colocou que o fluxo de caixa do início da próxima semana é que vai definir sobre o pagamento de salário. Ele considera ainda a possibilidade de “entrar dinheiro novo” para a folha seja paga de forma integral.

“Não podemos dizer isso (pagamento escalonado) agora porque existe a possibilidade de entrar dinheiro novo. Se não entrar, analisaremos as contas e dizer como isso vai ser feio”, disse o governador em coletiva para tratar da viagem internacional que fará a partir desta sexta-feira e também da situação econômica do Estado.

O tucano, porém, afirmou que a grande maioria dos servidores receberá os salários até a data prevista pela legislação. “Hoje, com o fluxo de caixa que temos, nós afirmamos que de 85% a 90% dos servidores tem como ser pago”, assegurou.

O governador reafirmou que a prioridade do Estado neste final do ano é ter o recursos necessários para pagar os servidores, incluindo o 13º salário. “Estamos trabalhando esse mês inteiro para pagar a folha. Pagar a folha não é favor, é direito do servidor e obrigação do Estado”.

Em busca do final de ano tranquilo, o governador destacou que a viagem internacional que inicia neste final de semana visa atrair investimentos para o Estado. Além disso, pontuou outras fontes de receita que podem entrar no caixa do Governo. “Sou um otimista e com a Conab, FEX e acordos com empresas via CIRA vamos ultrapassar esses dois meses, que são os mais difíceis para a administração pública”.

ESCALONAMENTO

Responsável pelas finanças do Estado, o secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, explicou como ocorrerá eventual escalonamento. Ele disse que o planejamento ocorreu quando foi necessário deixar 22% do funcionalismo para receber no dia 11.

Até o mês passado, a folha era fixada por secretaria. Agora é dividida por três grupos, variando de acordo com o salário dos servidores. “Não significa que haverá escalonamento, mas geramos a folha em frações escalonadas. A folha vai ser gerada com servidores que ganham até R$ 5 mil; entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; e acima de R$ 10 mil. Isso para que em caso de insuficiência de recursos para quitar a folha inteira, que o Estado possa pagar o maior número de servidores possível”, explicou.