O governador Pedro Taques (PSDB) e o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) colocaram fim à novela em torno da aplicação dos R$ 126 milhões da emenda conjunta da bancada federal.
 
Na manhã desta sexta (3), Taques recebeu Emanuel em seu gabinete no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Após longo período de discussão, o peemedebista resolveu abrir mão de receber parte da emenda que seria destinada à compra de equipamentos para o novo Hospital e Pronto Socorro, previsto para inaugurar em abril de 2018.

Em troca, o governador se comprometeu em assinar nos próximos dias um convênio com a Prefeitura de Cuiabá garantindo a aquisição dos equipamentos – o montante previsto é de R$ 82 milhões. Desta forma, o Estado irá receber R$ 100 milhões para custeio da saúde pública. Os R$ 26 milhões restantes, como já definido anteriormente, serão destinados para a regularização fundiária pelo Estado.

A confirmação do acordo de paz entre os gestores foi dada pelo senador José Medeiros (Podemos). Ao , ele diz que após a reunião, Taques e Emanuel informaram aos membros da bancada federal a decisão.

Medeiros avalia que o acordo deve ser comemorado, pois coloca fim à celeuma que estava trazendo desgaste aos deputados federais e senadores. “Estava parecendo que os membros da bancada estavam querendo retirar dinheiros de Cuiabá, o que não é verdade”.

Além disso, o senador ressalta que o acordo também coloca fim na tentativa de alguns parlamentares que estariam aproveitando a situação para se colocarem como “salvador da pátria”.

A emenda conjunta deve ser empenhada até 30 de dezembro e amenizar a situação caótica da saúde pública, que padece com a falta de recursos.

Semana decisiva

A semana foi decisiva para a destinação da emenda da bancada federal. Na segunda (30), deputados e senadores receberam Taques e Emanuel em Brasília (DF), para buscar uma solução. Após uma reunião com ânimos alterados, os políticos voltaram a se reunir na terça (31) pela manhã.

No entanto, a segunda reunião também fracassou, restando apenas uma proposta a ser analisada. Pela proposta, os recursos seriam divididos ao meio com R$ 50 milhões destinados ao governo para custeio da saúde pública. Outros R$ 50 milhões devem ser repassados para a Prefeitura de Cuiabá para equipar no novo Pronto Socorro.

Além disso, Emanuel havia se comprometido a realizar os levantamentos necessários para lançar a licitação internacional para adquirir os equipamentos do novo Pronto Socorro e consolidar o valor necessário para a operação.