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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento dos 25 lotes da vacina CoronaVac que foram interditados de forma cautelar no início de setembro, por considerar que o envase foi feito em condições insatisfatórias. Mato Grosso recebeu 1.100 doses destas, que foram para a região de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá).
No início do mês, a Anvisa foi comunicada pelo Instituto Butantan que o parceiro Sinovac, fabricante da vacina CoronaVac, enviou para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses.
A unidade fabril responsável pelo envase não foi inspecionada e não foi aprovada pela Anvisa na Autorização de Uso Emergencial da referida vacina.
Conforme a SES, o lote que veio para Mato Grosso é o L202106038. Estas doses foram distribuídas para a regional de saúde de Rondonópolis e foram descentralizadas para sete municípios da região (Dom Aquino, Itiquira, Juscimeira, São José do Povo, Santo Antônio do Leste, São Pedro da Cipa e Tesouro).
Nesta quarta-feira (22), em nova resolução, a Anvisa tomou a decisão de mandar recolher os lotes após a constatação de que os dados apresentados pelo laboratório chinês não comprovam a realização do envase em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação.
O Butantan defende que as doses suspensas foram atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do instituto.
De acordo com a Agência, caberá aos importadores a adoção de todos os procedimentos para o efetivo recolhimento das unidades restantes e remanescentes de todos os lotes interditados cautelarmente.
O recolhimento se aplica apenas aos lotes que foram envasados em local não inspecionado pela Agência.
A vacina Coronavac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao seu uso, desde que produzida nos termos aprovada pela Anvisa.
Fonte: OLHARDIRETO