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29/09/2021 | 08:05

Conselho do IFMT é contra divisão de institutos federais e condena articulação para incluir Mato Grosso na proposta do MEC

Redação TV Mais News


Foto: Reprodução

O Conselho Superior do IFMT (Consup) emitiu carta aberta se posicionando contrário à proposta do Ministério da Educação (MEC) que prevê a criação de dez novos institutos federais com a divisão de algumas unidades em diversos estados do país. No documento, o Consup ainda condena a atuação de dois dirigentes da instituição em Mato Grosso que estaria se movimentando junto a bancada federal para colocar o IFMT no rol dos institutos para serem divididos.

“Este conselho ressalta que o IFMT não foi convidado pelo governo federal para discutir a proposta do dito reordenamento da Rede Federal Educação Profissional e Tecnológica, que na prática seria a divisão do IFMT em dois institutos, e que, das 10 instituições convidadas 9 já manifestaram, por meio dos seus Conselhos Superiores, que são contrárias ao reordenamento proposto pelo governo”, diz trecho do documento.

Na proposta do MEC, as novas reitorias seriam criadas na Bahia (duas em Salvador e uma em Ilhéus), Ceará (Fortaleza e Juazeiro do Norte), Maranhão (Imperatriz e São Luís), Pará ( Belém e Marabá), Paraná (Curitiba e Londrina), Praíba (João Pessoa e Patos), Pernambuco (Caruaru, Petrolina e Recife), Piauí (Picos e Teresina) e São Paulo (Campinas e São Paulo).

“Diante disso, o Conselho Superior do IFMT demonstra sua preocupação pelo fato de que dois dirigentes de campus da região norte do estado estejam se mobilizando junto à bancada federal do estado e ao MEC no sentido de colocarem o IFMT no rol dos institutos para serem divididos, sem ao menos terem ouvido a comunidade, ao arrepio dos outros seis diretores-gerais dos campi que compõem a região norte do estado que se manifestaram contrários ao pleito, sem envolver o Colégio de Dirigentes (CODIR) e sem terem consultado este Conselho Superior, agindo de forma isolada e sem legitimidade”, completou.

O documento tem como referência a manifestação dos diretores-gerais dos Campi e Campi Avançados da região norte do estado, ocorrida em 31 de agosto de 2021 e a carta aberta das seções sindicais que atuam no SINASEFE/MT.

Ainda de acordo com o Consup, a proposta do governo que prevê a criação de dez novas reitorias e reorganiza a distribuição territorial dos campi em alguns estados, não contempla a criação de novos campi, novas ofertas de cursos e de matrículas, não prevê a liberação de novos códigos de vagas de novos servidores e nem incremento de orçamento.

Por conta disso, o conselho afirmou que qualquer solicitação de colocar o IFMT no rol dos institutos a serem reordenados, neste momento, significa não compreender a realidade da instituição e desconsiderar as suas necessidades prioritárias, como recomposição orçamentária, conclusão das obras em andamento e ampliação do banco de professor-equivalente.

Considerando a Portaria/MEC 713/21, o IFMT precisa 287 novos docentes e 296 técnicos administrativos para atender a referida portaria.

“O Conselho Superior do IFMT informa que ninguém está autorizado a estabelecer diálogo com o Governo Federal ou com a bancada federal do estado, em nome da instituição, no sentido de discutir propostas de divisão do Instituto Federal de Mato Grosso e que qualquer discussão acerca deste tema deverá ser pautada neste e por este Conselho Superior, instância máxima deliberativa da instituição, composta por membros de todos os segmentos da comunidade interna e por representantes da sociedade civil”, pontuou.




Fonte: OLHARDIRETO
 
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