Mato Grosso,
Quarta-feira,
15 de Maio de 2024
informe o texto a ser procurado

Notícias / Política

05/10/2021 | 05:32

Pátio não vê prejuízos a Rondonópolis com construção da ferrovia estadual, mas cobra apoio do estado

Redação TV Mais News

Foto: Secom-MT
 
O prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (Solidariedade), disse ser favorável à Ferrovia de Transporte Autorizada Olacyr de Moraes (Fato). Defendeu, no entanto, que o governo estadual ajude com os passivos que serão deixados com a construção dos trilhos que terão início no município, onde fica o porto seco da Ferronorte (Rumo Malha Norte S.A.) em Mato Grosso.

A construção da ferrovia prevê 730 quilômetros de linha férrea, que vai interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, conectando-se à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP). O projeto prevê investimento de R$ 11,2 bilhões, com recursos 100% privados.

“Rondonópolis defende a integração do estado e a ferrovia, mas temos que administrar o passivo que vão ficar. Já estamos universalizando a rede de esgoto e atenção básica, mas tem um passivo muito sério que são os distritos industriais. Temos cinco distritos, mas estão sem infraestrutura alguma. Eu investi em 2020 quase R$ 25,5 milhões, mas é insuficiente. Então, é um problema de Estado, se não houver o apoio, como vou resolver esse problema? O que estamos discutindo é do interesse do estado”, declarou, em conversa com a imprensa no sábado (02).

Os passivos citados pelo prefeito, aparentemente, já começam a ser resolvidos. Na manhã desta segunda-feira (04), o governador Mauro Mendes (DEM) se deslocou até o município e, entre outras ações, irá assinar convênio com a prefeitura. São R$ 60 milhões (R$ 40 milhões do estado e R$ 20 de emendas do senador Carlos Fávaro) para asfaltar os cinco distritos industriais.

Ainda sobre a ferrovia estadual, Pátio avalia que a construção de novos terminais em Cuiabá, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum não irá representar prejuízo para Rondonópolis, mesmo que o volume de cargas transportadas até município diminua.

“Não acho que seja prejuízo. Rondonópolis é cidade polo e vai dobrar a produção agrícola, não terá prejuízo, mas não podemos também deixar esse passivo. Cuiabá e Rondonópolis se complementam. Rondonópolis quer sair desse propósito de ser simplesmente um interposto comercial. Temos que agregar valor, verticalizar a economia e industrializar. Estamos com quatro frigoríficos (três pequenos e um grande), duas maiores indústrias de óleo de soja, indústria de cervejaria. Temos grandes empresas aqui, temos que trabalhar a agregação de valores”, pontuou.




Fonte: OLHARDIRETO
 
Assista Ao Vivo
 
Sitevip Internet