Mato Grosso,
Sábado,
4 de Maio de 2024
informe o texto a ser procurado

Notícias / Cidades

03/11/2021 | 09:07 - Atualizada em 03/11/2021 | 09:13

Perdas pela Covid, tragédias familiares e fé: as histórias que levam cuiabanos ao cemitério neste Dia de Finados

Redação TV Mais News

Foto: Olhar Direto
 

Os olhos do cuiabano João Bosco, de 64 anos, ganham um tom avermelhado e as lágrimas começam a aparecer no instante em que diz que está fazendo uma visita ao túmulo de sua amada esposa Sara, falecida em decorrência da Covid-19 há oito meses. Ele, que tem o costume de ir a cemitérios no Dia de Finados, neste 2 de novembro de 2021 fez uma oração e deixou flores e velas especialmente para ela, que se tornou uma das 13.933 vítimas do novo coronavírus em Mato Grosso.

Sara tinha 60 anos. Ficou 35 dias internada, foi intubada e pegou uma inflamação, o que acabou levando a sua morte em março de 2021, mês em que a pandemia seguia para o pico da segunda onda no Brasil. Ela foi enterrada na cova de sua família, junto aos pais e o irmão, e neste dia de Finados João e sua irmã – cunhada de Sara – foram ao Cemitério da Piedade deixar flores e acender velas. “Uma homenagem, sempre a gente faz isso, é da nossas religião esse dia. Trouxemos flores, velas e fazer uma oração. Todo ano a gente vem. (...) Esse ano houve essa homenagem especial para ela”, contou João ao Olhar Direto.

Quem também decidiu prestar homenagens após um ano muito difícil foi a campo-grandense Ana Maria Marçal, 51 anos.  Ao contrário de João, ela não tem nenhum ente querido enterrado no Cemitério da Piedade, mas no último ano sua família passou por quatro perdas.

“A gente veio lembrar dos nossos parentes queridos. Não somos daqui, somos de Campo Grande, mas além de lembrar dos nossos queridos, também das pessoas daqui de Cuiabá. É um momento que a gente tem que lembrar das pessoas que foram importantes na nossa vida, mas deixam saudades, lembranças boas, então a gente tem que homenagear essas pessoas”, explicou.
 
Também com velas nas mãos e acompanhada da mãe, Ana Maria contou que perdeu a avó, um tio, uma tia e outro familiar, mas não pela Covid-19 e sim por outras causas, naturais. “Muito difícil, mas a gente tem que saber lidar com isso. Não é fácil, mas Deus conforta nosso coração”, finalizou.

Neste Dia de Finados, os cemitérios da capital funcionam das 6h30 às 18h. É obrigatório o uso de máscaras cobrindo o nariz e a boca e é recomendado que as visitas sejam breves, para que se evitem aglomerações.  



Fonte: OLHARDIRETO
 
Assista Ao Vivo
 
Sitevip Internet