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Notícias / Cidades

15/12/2021 | 11:07

Cachaçaria Alambique aponta que Lélis busca produto mais barato ignorando as leis e "esquecendo da saúde humana"

Redação TV Mais News

Foto: Alambique Brasil LTDA
 

 
Em nota enviada à imprensa na tarde desta terça-feira (14), a Cachaçaria Alambique Brasil LTDA se posicionou acusando a peixaria Lélis de contratar o envase desta indústria, utilizando seu nome no rótulo, porém fazendo indevida utilização do que é registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo a nota, “utilizar garrafa, conteúdo desconhecido, e colocar rótulo da Cachaçaria Alambique Brasil LTDA, como confessado, sem ser produzido pela indústria proprietária, não lhe é de direito”.
 
O proprietário da peixaria informou ao Olhar Direto que a confusão se deu porque os agentes teriam visto as cachaças do restaurante junto com as da cidade de São José dos Quatro Marcos. Lélis, porém, confirmou que as bebidas estavam com os rótulos colocados de forma errada, como se tivessem sido fabricadas em outro lugar. 
 
Por outro lado, a Cachaçaria Alambique afirmou que é detentora do registro e autorização do Ministério da Agricultura para a produção e envase da Cachaça Lélis (marca do restaurante), bem como da fórmula, composição e receita da cachaça, e que, por isso, o próprio Lélis não pode produzir, envasar ou rotular outras cachaças com as configurações da Alambique.
 
Ainda assim, o que foi observado pela fiscalização da Polícia Civil foi a indevida utilização do rótulo da marca Lélis, que envazou conteúdo que não foi produzido pela Cahcaçaria Alambique. “Utilizar garrafa, conteúdo desconhecido, e colocar rótulo da Cachaçaria Alambique Brasil LTDA, como confessado, sem ser produzido pela indústria proprietária, não lhe é de direito”, diz trecho da nota da empresa. 
 
Ainda foi apontado que o indevido uso do rótulo e do produto envazado atinge a saúde do consumidor, pois os conteúdos identificados nas garrafas do restaurante desacatam as regras de produção de alimentos e bebidas para consumo humano.
 
A nota respondeu, ainda, uma fala do proprietário da peixaria à reportagem. Lédis disse: “Se eu tenho a minha cachaça, com meu rótulo nacional, com meu Mapa Federal, eu paguei os rótulos, por que eu vou falsificar a minha cachaça?".
 
Alambique, por sua vez, respondeu que “são palavras de quem ignora as leis e as regras, esquecendo da saúde humana, na busca de um produto mais barato”. A cachaçaria pontou que os procedimentos que burlem as regras de registro no MAPA, supostamente cometidos pela Lélis, são crimes e ferem a proteção dos direitos da indústria e da saúde dos consumidores.
 
Alambique disse que aguarda laudo que será executado pela vigilância sanitária para a solução do caso. “Demais informações são de interesse exclusivo das autoridades policiais”, finalizou a nota.
 
O que diz o restaurante
 
A reportagem entrou em contato com a Lélis Peixaria para ouvir o seu posicionamento a respeito do caso. Após a publicação da nota da Alambique, o empresário afirmou que só iria se pronunciar na quarta-feira (15). 
 
Antes da publicação da nota, a empresa havia dito que a operação era política e que houvera um mal entendido. Afirmou ainda que não há nenhum processo de falsificação em curso no seu estabelecimento. De acordo com o restaurante, a cachaça comercializado com o nome da peixaria possui registro e cadastro federal no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  
 
Ainda segundo o proprietário do estabelecimento, o mal entendido se deu devido ao fato da Polícia Civil ter encontrado no restaurante, junto com as bebidas que possuem o nome da Lélis Peixaria, algumas garrafas de outra cachaça, esta fabricada em São José do Quatro Marcos. Por isso, ele explica, que os agentes teriam interpretado que a cachaça estaria sendo falsificada. 
 
"A cachaça que eu tinha de São José dos Quatro Marcos, eu tinha aqui na peixaria também. Quando esses caras chegaram, eles encontraram a cachaça de São José dos Quatro Marcos, que estava com o rótulo colocado errado, como se fosse uma cachaça lá de Ortigueira. O que acontece é que isso aí tudo não gera nem dez litros de cachaça para o escândalo que estão fazendo, porque é meramente político.", disse Lélis Fonseca, proprietário do restaurante ao apontar sensacionalismo na operação.
 
"Eu sou uma das unicas pessoas que tem o documento de uma cachaça o Mapa federal em Mato Grosso, poucas pessoas tem, e a Lélis Peixaria tem. Se eu tenho a minha cachaça, com meu rótulo nacional, com meu Mapa Federal, eu paguei os rótulos, porque eu vou falsficar a minha cachaça?", finalizou.  
 
 
 
 
Fonte: OLHARDIRETO

 
 
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