Foto: Reprodução
O sócio da empresa MT Pharmacy, acusada de participar de esquema de corrupção na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá, entrou com ação na Justiça Federal para cobrar a restituição de uma Land Rover comprada por R$540 mil.
O veículo foi apreendido pela Polícia Federal no dia 30 de setembro de 2021, na sede da empresa, no bairro Santa Rosa, durante a deflagração da Operação Colusão. O proprietário do veículo é Alexandre Alves Guimarães, acusado de compor o esquema de desvios na saúde municipal
Segundo a defesa de Alexandre, a decisão que autorizou a apreensão determinava que seriam apreendidos apenas os bens que “comprovem a prática de crime” para imediata “verificação e perícia.
“Sequer é possível afirmar que existem indícios que o referido automóvel apreendido seja produto ou proveito dos supostos crimes em apuração para eventual medida de sequestro”, diz trecho do pedido.
“Cumpre salientar que a empresa MT Pharmacy se trata de empresa consolidada no ramo de distribuição de medicamentos e materiais hospitalares, possuindo faturamento compatível para a aquisição do aludido automóvel”, diz outro trecho do pedido assinado pelo advogado Saulo Gahyva.
De acordo com as investigações, a MT Pharmacy movimentou R$ 15,5 milhões em 2021, que segundo a PF teriam ligação imediata com o esquema na saúde cuiabana. Decisão da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal determinou, no entanto, que a simples informação sobre o faturamento não seria suficiente para aferir que todo valor seria proveniente do crime.
É com base nessa decisão que o advogado solicita a devolução dao Land Rover. Segundo as investigações da PF, o carro foi comprado por R$ 540 mil do casal Marcelo Guermand de Queiroz e Carla Danieli Coracini Queiroz.
Marcelo contou à PF que ele pretendia fazer uma surpresa para a esposa, trocando seu carro por outro melhor. Marcelo contou aos investigadores que durante conversa com Alexandre surgiu a oportunidade de vender o veículo. Ele aceitou vender o carro já que seria vendido por valor menor do que foi pago, uma vez que foi adquirido por R$495 mil.
O pedido de restituição do bem está sendo analisado pelo juízo da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal
Fonte: OLHARDIRETO