Inspirada num modelo de trabalho praticado em Belo Horizonte, a Secretaria de Educação de Cuiabá implantou um programa de manutenção continuada nas escolas públicas da Capital, o que segundo o secretário Rafael Cotrim vai baratear os custos com reformas e trocas de equipamentos das instituições. Intitulado ‘Escola 300’, o projeto deve ter um investimento inicial de aproximadamente R$ 4 milhões.

“O programa ‘Escola 300’ já está funcionando. Num primeiro momento, 96 unidades consideradas críticas serão atendidas com manutenção corretiva e após a licitação definitiva estenderemos a todas as unidades educacionais, fazendo um atendimento de prevenção e correção dos problemas físicos dos equipamentos”, explicou o secretário.

Conforme Cotrim, a proposta do projeto é recriar o conceito de manutenção, substituindo-o por o prevenção e correção nas instalações prediais das unidades educacionais da rede municipal.

“Fomos buscar um modelo diferente daquilo que vinha sendo realizado, pois se possuímos 96 unidades em condição crítica para utilização, obviamente não se trata de um modelo que está funcionando. A Secretaria somente atuava no modelo corretivo de intervenção, diga-se de passagem, muito mais caro e ineficiente, pois um problema não nasce grande, pelo contrário, começa pequeno e com o tempo, mediante a ausência de reparo/manutenção, se alastra em outras direções”, assinalou.

De acordo com o secretário, ao assumir a Pasta, a atual administração se deparou com a necessidade de implantar um modelo preventivo, após constatar os números exorbitantes dos últimos anos quando o município desembolsou, de 2014 a 2016, apenas em serviços de reformas de caráter emergencial e geral, cerca de R$ 31,3 milhões.

No ‘Escola 300’, por meio de um programa de computador, a gestora da respectiva unidade escolar poderá solicitar reparos estruturais à empresa contratada online e a mesma, conforme previsto contratualmente, terá o prazo de até três horas para se deslocar e iniciar os trabalhos na unidade.

“Hoje são 96 escolas e creches em condições ruim e péssima de um total de 163 unidades e aquelas em tese novas ou boas não gozam de manutenção, ou seja, estamos num círculo vicioso fadado ao colapso financeiro da Secretaria de Educação. A palavra reforma foi trocada pela palavra manutenção constante. Vamos economizar alguns milhões de reais por ano com reformas inviáveis e caras. Esse recurso economizado servirá sem dúvida alguma para ser aplicado em outras áreas mais afetas à educação”, pontuou Rafael Cotrim. 

Fonte: Olhar Direto