O governador Pedro Taques (PSDB) disse que o Estado de Mato Grosso ainda deve R$ 162 milhões para o setor de saúde nos Municípios, mas que não irá permitir o fechamento de nenhuma UTI.

Em uma entrevista concedida à Rádio Capital, o governador disse que a gestão passada deixou um déficit na saúde de R$ 300 milhões e que até hoje o Estado está pagando dívidas de 2009.

“Agora nós temos um caminho estratégico para mudar a saúde do Estado de Mato Grosso. Saúde não é só gestão. Precisamos de gestão e tenho absoluta certeza que o Luiz Soares vem tratando disso descentemente, mas nós precisamos de recursos”, disse Taques.

Ele afirmou que um dos motivos do atraso do salário de servidores que recebem mais de R$ 10 mil, foi o repasse de R$ 50 milhões que o Estado precisou fazer para a saúde, que estava atrasada.

“O governador do Estado tem a chave do cofre, mas ele não tem a fábrica do dinheiro”, disse.

Taques negou que as UTIs na Santa Casa de Rondonópolis (a 214 km de Cuiabá) ainda estejam fechadas e afirmou que mesmo que isso acontecesse, ainda haveria a possibilidade de utilizar as outras UTIs do município, visto que em seu mandato aumentou de 31 para 71 o número de leitos nas UTIs em Rondonópolis.

“Nós não temos nenhuma intenção de fechar UTIs, nós queremos abrir UTIs, porque Mato Grosso tem um déficit”, afirmou.

Sobre o fechamento, que foi anunciado em um vídeo, o governador justificou dizendo que o motivo foi o atraso do pagamento da UTI, que aconteceu pelo Estado não ter dinheiro para fazer o repasse. Mas que não fechará UTIs em Mato Grosso.

“A Santa Casa de Rondonópolis em 2016 recebeu R$ 28 milhões da união, do município e do Estado até meados de novembro. Este ano ela já recebeu até meados de novembro R$ 38 milhões, o Estado de Mato Grosso aumentou o repasse para a Santa Casa de Misericórdia lá de Rondonópolis em quase R$ 10 milhões, tivemos um incremento de valores repassados para o Estado em mais de 40%, porque nós entendemos da importância da Santa Casa”, disse.

Taques ainda afirmou que sua gestão está trabalhando para que as UTIs não sejam fechadas desde o momento em que a crise abateu.