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13/04/2022 | 19:26

Justiça absolve coronel de prevaricação sobre "central de grampos"

Siqueira Junior teria feito "vistas grossas" em denúncia de central de grampos na campanha de Lucas do Rio Verde em 2016

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
O conselho de justiça da 11ª Vara Criminal de Cuiabá absolveu o coronel PM, Airton Benedito de Siqueira Júnior, réu por uma suposta prevaricação, ocorrida em 2016, durante as eleições municipais daquele ano. Na época, Siqueira era o chefe da Casa Militar da gestão do ex-governador Pedro Taques, e teria deixado de tomar medidas acerca de uma denúncia, feita pelo primo e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, sobre uma operação de interceptações telefônicas clandestinas que estariam ocorrendo em Lucas do Rio Verde (354 KM de Cuiabá).
 
Os membros do conselho de justiça seguiram por unanimidade o juiz que atua na 11ª Vara Criminal, Marcos Faleiros, em julgamento ocorrido no último dia 7 de abril. O magistrado baseou-se num depoimento de um outro oficial da PM para absolver Airton Benedito de Siqueira Júnior, que relatou que recebeu sim ordens do superior para verificar a ocorrência da suposta operação de interceptações telefônicas clandestinas.
 
A suposta “central” de interceptações telefônicas clandestinas estaria operando dentro de um hotel em Lucas do Rio Verde, no ano de 2016.
 
“Desloquei até o hotel Odara, onde fui recepcionado, se tratava de um pleito eleitoral de 2016, também tinham, assim, advogados que defendiam uma das partes, fui recepcionado por um deles na entrada do hotel, ali na recepção, que falou que esse Capitão Barros estava dando transtornos. Ele mostrou o escritório, ali na entrada também não vi operação nenhuma. Perguntei a ele se queria registrar a ocorrência e deixei meu telefone com ele”, diz trecho do depoimento do oficial PM que foi verificar a denúncia, após ordem de Siqueira.
 
“Ao ser indagado se quando o Coronel Siqueira ligou pela primeira vez, ele pediu ou deu a entender que não fosse tomado nenhuma providência com relação a conduta do Major Barros, respondeu: ‘Não, ele solicitou que eu verificasse a situação’”, continua.
 
Conforme revelou o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, relator da operação “Esdras”, que também apurou os fatos, a “denúncia” do ex-chefe da Casas Civil teria sido um “jogo de cena” para tentar acobertar o fato do próprio Paulo Taques ser o principal suspeito de ter arquitetado um esquema de interceptações telefônicas clandestinas.
 
Nas eleições de 2016, Taque apontou ao coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior que os grampos eram realizados por pessoas ligadas ao então candidato a prefeito de Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti, que acabou derrotando o candidato do qual Paulo Taques prestava serviços jurídicos no pleito daquele ano, o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos).
 
 
 
Fonte: FOLHAMAX

 
 
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