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A juíza da Vara Especializada em Ações Coletivas, Celia Regina Vidotti, negou a realização de uma perícia em cheques da Assembleia Legislativa (ALMT) que teriam sido utilizados para o pagamento de dívidas de ex-deputados estaduais com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O esquema foi revelado na operação “Arca de Noé”, e envolve os ex-presidentes da AL José Riva e Humberto Bosaipo.
De acordo com uma decisão do último dia 12 de abril, a juíza Celia Vidotti negou o pedido de Geraldo Lauro, ex-chefe de gabinete de José Riva, que pediu o estudo nas promissórias que teriam beneficiado João Arcanjo Ribeiro.
Em seu entendimento, a juíza Celia Vidotti comentou que a autenticidade da assinatura nos cheques não foi contestada, fazendo com que a realização de uma perícia fosse “inócua e procrastinatória”. “Ainda, a ‘realização de perícia técnica nos documentos do setor de patrimônio da Casa de Leis para certificar a existência de assinatura do requerido nos lançamentos e recebimentos de materiais’ é totalmente genérica, pois sequer especifica quais os documentos que pretende sejam periciados e o que se pretende comprovar, desatendendo, assim, ao que foi consignado na decisão que determinou a especificação de provas”, analisou a magistrada.
Conforme os autos, a ALMT emitiu alguns cheques para o pagamento de R$ 2,2 milhões em favor da R.R. Comércio de Móveis, empresa fantasmas utilizada no esquema para pagar João Arcanjo Ribeiro, que havia “bancado” a campanha eleitoral de alguns políticos mato-grossenses, nas décadas de 1990 e 2000.
O processo continua tramitando no Poder Judiciário Estadual.
Fonte: FOLHAMAX