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Notícias / Cidades

04/05/2022 | 09:52

Pedreiro, pintor e motorista recebiam como médicos da Prefeitura

Esquema é investigado pela Delegacia de Combate à Corrupção, que deflagrou operação nesta terça-feira

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
Um pedreiro, um pintor, um motorista de aplicativo e até um caseiro da região do Manso estão entre os servidores "fantasmas" que receberam salário e prêmios como se fossem médicos da Prefeitura de Cuiabá.
 
O esquema é investigado pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Chacal.
 
Além deles, uma servidora da Pasta também foi alvo de mandado e busca e apreensão. Outros servidores estão sendo investigados. 
 
De acordo com delegado Cláudio Álvares Santana, até o momento, a Deccor já constatou que seis suspeitos receberam salários de maneira irregular, como se fossem médicos. 
 
“Essas pessoas  foram inseridas nos quadros da Secretaria Municipal de Saúde como se fossem médicos lotados no Pronto Socorro de Cuiabá", disse.
 
"E estavam recebendo salário e prêmio de médicos, porém nenhum deles tem formação em Medicina ou registro no Conselho Regional de Medicina (CRM)”, acrescentou.
 
“A gente constatou que entre esses suspeitos estão um motorista de aplicativo, um pintor, um pedreiro e um caseiro da região de Manso”, afirmou.
 
A Deccor ainda não conseguiu contabilizar o prejuízo causado ao erário.
 
Alguns suspeitos receberam o valor indevido durante dois meses. Já outros, durante o período de três a quatro meses.
 
Só de prêmio saúde, segundo o delegado, eles chegaram a receber R$ 3,5 mil.
 
Questionado, o delegado afirmou que não há relação de parentesco entre os acusados. A investigação ainda vai apontar a participação de cada um no esquema.
 
"O que eu posso afirmar, com certeza, é que o dinheiro caiu na conta deles. Agora, a gente vai  analisar o material apreendido para identificar qual a participação de cada um e se tem mais servidores envolvidos", disse. 
 
Santana explicou que as investigações tiveram início em 2020. Foi identificado pela secretaria que alguns servidores que estavam inseridos na folha pagamento não tinham contratos com a Prefeitura. 
 
Operação 
 
No total, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã em endereços de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e dos suspeitos de receberem valores do município como se estivessem atuando como médicos no Pronto Socorro.
 
Todos devem ser ouvidos pelo delegado no decorrer da semana. 
 
A princípio, eles responderão pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema.
 
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS

 
 
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