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Notícias / Polícia

05/05/2022 | 16:53

Polícia prende membro do tribunal do crime que agiu em Cuiabá

Homem participou do assassinato de Pedro Paulo Pereira da Silva no ano passado em Cuiabá

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
Mais um dos criminosos envolvidos no homicídio de Pedro Paulo Pereira da Silva, morto em Cuiabá no ano passado, foi localizado e preso nesta semana.
 
O homem de 37 anos estava com a prisão decretada após representação da Polícia Civil em inquérito que apurou o homicídio ocorrido em abril de 2021.
 
Ele foi encontrado na comunidade de Barranco Alto, em Santo Antônio de Leverger, pela companhia da Polícia Militar do município e encaminhado à Polinter da Polícia Civil para a formalização do mandado de prisão.
 
O crime foi investigado pelo núcleo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital que apura homicídios cometidos por integrantes de organizações criminosas. Três investigados foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e integração de organização criminosa.
 
Um terceiro envolvido no crime está foragido.
 
Morte e ocultação de cadáver
 
Pedro Paulo, 31 anos, foi encontrado morto em 15 de abril do ano passado e, inicialmente, não foi identificado. Seu corpo foi localizado em uma rua não-pavimentada na ocupação denominada Jardim Humaitá, parcialmente carbonizado e enrolado em um cobertor. A vítima apresentava diversas lesões na cabeça.
 
A partir da investigação instaurada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, a equipe policial reuniu diversas informações sobre a vítima, que possibilitaram à Polícia Civil identificar duas pessoas envolvidas diretamente no homicídio.
 
A apuração levantou ainda que a vítima foi morta em uma residência no bairro Jardim Presidente 2 e o corpo desovado no Jardim Humaitá. Informações coletadas no curso da investigação apontam que foram ouvidos gemidos e gritos de agonia vindos da residência, assim como vozes de duas pessoas no local.
 
Com a identificação da residência, foram realizadas perícias que indicaram que o local foi lavado, no intuito de apagar os vestígios de sangue da vítima que foram encontrados em diversos pontos da casa, além de objetos. Após a execução do crime, os dois suspeitos não foram mais vistos na região.
 
Durante as diligências, os investigadores identificaram também uma camionete que teria sido usada para transportar a vítima da casa onde foi morta até o lugar onde o local em que o corpo foi desovado. Em depoimento, o proprietário do veículo declarou que emprestou a camionete, uma S10, a um dos suspeitos do crime, que a devolveu lavada.
 
As informações reunidas no inquérito indicaram que o crime foi cometido porque, supostamente, a vítima teria cometido crimes no bairro onde residia e, assim,teve a morte 'decretada' por intregrantes de uma facção criminosa em um 'tribunal do crime'. Pedro Paulo sofreu diversos espacamentos.
 
“A vítima foi agredida, seguramente, por mais de um executor, o que se evidencia pela quantidade de lesões e decidiu-se pela morte de Pedro Paulo como forma de punição por seus comportamentos, notadamente por supostos danos causados a moradores”, explicou o delegado Caio Fernando, acrescentando que o comparsa do investigado preso na segunda-feira também teve a prisão decretada e está foragido.
 
Em novembro do ano passado, após cumprimento da prisão temporária de um dos envolvidos, o delegado encaminhou à 12ª Vara Criminal a representação pela prisão preventiva dos três indiciados.
 
Mortes a mando de facções
 
O esclarecimento do homicídio de Pedro Paulo faz parte do trabalho concentrado desenvolvido desde o ano passado pela DHPP, que reuniu em um mesmo cartório da unidade policial todas as investigações cujos indícios apontam para o envolvimento de integrantes de organizações criminosas.
 
O trabalho na unidade que apura os crimes dolosos contra a vida na região metropolitana foi adotado para otimizar a atuação das equipes policiais na apuração de homicídios consumados relacionados ao mesmo grupo criminoso o que auxilia a polícia a entender melhor como agem esses criminosos e como a força policial pode trabalhar para esclarecer os crimes e chegar às prisões dos autores.
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS



 
 
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