Mato Grosso,
Sexta-feira,
26 de Abril de 2024
informe o texto a ser procurado

Notícias / Polícia

11/05/2022 | 18:43

Justiça mantém prisão de dono de pizzaria que era informante da PC em MT

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a prisão do empresário Delisflásio Cardoso Bezerra da Silva, o “Flasininho”. Ele é dono de uma pizzaria em Cuiabá e apontado como um dos informantes de uma quadrilha de policiais e ex-policiais de Mato Grosso, civis e militares, que extorquiam outros bandidos.
 
Os magistrados da 2ª Câmara Criminal seguiram por unanimidade o voto do desembargador Rui Ramos, relator de um habeas corpus ingressado pelo empresário contra a sua prisão, ocorrida na deflagração da operação “Renegados”, no mês de maio de 2021. A sessão de julgamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (11).
 
Resumidamente, o desembargador Rui Ramos relatou que o “informante” apenas repetiu os mesmos argumentos de um pedido anterior pela sua liberdade, que já foi negado pelo Poder Judiciário Estadual.
 
VAI ACABAR EM PIZZA?
 
Entre uma pizza e outra vendida em seu estabelecimento comercial, Delisflásio, o “Flasininho”, encontrava tempo para participar de ações criminosas com a quadrilha de policiais revelada na operação “Renegados”.
 
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), um dos crimes que contaram com a participação de “Flasininho” foi o “roubo” de 5 KGs de pasta base de cocaína, no início de 2020, que contou com a ajuda de policiais civis que também fazem parte da quadrilha.
 
Além do dono da pizzaria, o “roubo” teve o suporte dos investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC), Paulo da Silva Brito e Edilson Antônio da Silva. Após a “ação policial”, os 5 KGs de pasta base foram vendidos e o dinheiro obtido no “negócio” (em quantidade não revelada) foi dividido entre os integrantes da quadrilha.
 
RENEGADOS
 
A juíza da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Ana Cristina Silva Mendes, aceitou uma denúncia contra 25 policiais e ex-policiais, civis e militares, além de “apoiadores” e “informantes”, que fariam parte de uma organização criminosa que atuava na Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso. Os réus são acusados de concussão (receber ou exigir propina em razão do cargo que ocupam), roubo (com uso de arma de fogo, sob violência, mantendo as vítimas sob seu poder), além de “importar, produzir, transportar ou vender drogas”.
 
A decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, publicada em 31 de maio de 2021, aponta ainda que a organização criminosa utilizou menores de idade para cometer os crimes. Tornaram-se réus Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio Cesar de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, Dhiego de Matos Ribas, Evanir Silva Costa, Raimundo Gonçalves Queiroz e Domingos Sávio Alberto de SantAna.
 
Fariam ainda parte da organização criminosa Reinaldo do Nascimento Lima, Natália Regina Assis da Silva, Manoel José de Campos, Jovanildo Augusto da Silva, Genivaldo de Souza Machado, Neliton João da Silva, Adilson de Jesus Pinto, João Martins de Castro, Delisflávio Cardoso Bezerra Da Silva, Sandro Victor Teixeira Silva, e Kelle de Arruda Santos, que também viraram réus no processo.
 
Segundo informações da decisão que aceitou a denúncia, a organização criminosa era dividida em quatro subgrupos - núcleo de integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de ex-integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de apoio aos integrantes e ex-Integrantes da Polícia Judiciária Civil e núcleo dos informantes. O MPMT revela que pelo menos 12 ações criminosas foram realizadas pelo grupo.
 
A extorsão praticada pelo bando teria rendido mais de R$ 1 milhão, além do "roubo" (e posterior "revenda") de nada menos do que 139 quilos de drogas (pasta base e cocaína).
 
 
 
 
Fonte: FOLHAMAX


 
 
Assista Ao Vivo
 
Sitevip Internet