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13/05/2022 | 08:03

Juiz marca audiência em ação em que Cursi pede R$ 15 milhões

Ex-secretário apontou que foi “covardemente agredido” e teve nome jogado na “lama”

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 

O juiz Jones Gattass Dias, da Sexta Vara Cível, agendou para o dia 8 de junho, às 14 horas, a audiência da ação por danos morais e materiais proposta pelo ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, contra do ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto. Na ação, Cursi cobra reparação de R$ 15,8 milhões.
 
A audiência de instrução e julgamento deveria ter ocorrido na última terça-feira (10), mas a defesa de Dalberto alegou que não teve tempo hábil para ter acesso a um documentação recém anexada à ação.
 
Dalberto delatou supostos crimes cometidos pela organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa. Todos são investigados na Operação Sodoma.
 
Em setembro de 2016, Afonso Dalberto deu detalhes à Polícia Civil de como foi a articulação para concretizar o suposto esquema que teria desviado pelo menos R$ 15,8 milhões dos cofres do Estado.
 
Na delação, atribui a Cursi a realização do pagamento de uma suposta desapropriação irregular de um imóvel no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, no valor de R$ 31,7 milhões, pagos à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários.
 
De todo o valor pago pela desapropriação, 50% - ou R$ 15,8 milhões – teriam retornado para a organização criminosa.
 
“O requerido [Afonso Dalberto] falsamente imputou conduta criminosa e injuriosa perante autoridade de Estado ao requerente [Marcel de Cursi], que este teria participado de ato ilícito, no entanto, baseadas em suposições, pelo fato do governador de Estado Silval Barbosa, ter realizado ligações e chamar os secretários de Estado, após reunião tida com ele colaborador”, consta em trecho do documento.
 
Segundo Cursi, o depoimento de Afonso Dalberto fez com que ele fosse preso, em 2016, tivesse a “reputação danificada” e assim perdeu parte da sua remuneração – de R$ 8 mil de salário, mais R$ 6 mil de verba indenizatória - como servidor efetivo do Estado.
 
“As perdas diretas de R$ 14 mil mensais não são todas as mazelas causadas pela prisão do requerente [...] em face das declarações fraudulentas do requerido. Houve prejuízo a honra, a consideração social, a reputação profissional, a estima própria e da família e a confiança no exercício da profissão”.
 
“As acusações e as ofensas decorrentes causaram imensa vergonha e descrédito ao requerente [Cursi] e toda sua família. Muitas foram as implicações, amigos se afastaram, clientes e familiares se afastaram”, consta em outro trecho.
 
Audiência
 
A audiência de junho deverá ocorrer de maneira online e tem como testemunhas de Afonso Dalberto o ex-governador Silval Barbosa, seu chefe de gabinete dele Silvio Correa, o ex-secretário de Estado Pedro Elias, e o empresário Filinto Muller.
 
As testemunhas arroladas por Cursi são Valdi Simão, Kleyton Gomes Santiago e Jorge Luiz Silva.
 
Além dos R$ 15,8 milhões, Cursi ainda pede que Afonso Dalberto pague R$ 55 mil por conta de despesas pagas aos advogados e mais R$ 14 mil por cada cada mês em que permaneceu preso.
 
Pelo caso, o ex-secretário foi preso em 2016 e deixou a prisão em julho de 2017.
 
 
 
 
Fonte: FOLHAMAX

 
 
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