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Notícias / Cidades

15/05/2022 | 22:57

motorista denuncia negligência de dono de caminhão

Redação TV Mais News


Foto: Reprodução


O Fantástico conta duas histórias de sobrevivência inacreditáveis: no Espírito Santo, um menino de 4 anos caiu do décimo andar; em Mato Grosso, um caminhão despencou de um precipício de 80 metros.

O Portão do Inferno, que fica na divisa com Cuiabá, na Chapada dos Guimarães, é o primeiro ponto turístico do Parque Nacional — onde a vista imponente que a partir do mirante encanta, mas também assusta. E foi onde um caminhão perdeu o controle e mergulhou no penhasco com altura equivalente a um prédio de 28 andares.

A cena logo virou notícia, e você pode assistir na reportagem em vídeo a registros do grave acidente. “Eu vi passar na televisão. Na hora, pensei que ele não tinha salvado. Falei: ‘Morreu, né?’”, diz dona Vera Lúcia, mulher de Daniel Francisco Sales, que dirigia o caminhão.

“Olha, foi um momento todinho acordado, olhando aquilo lá. Eu vi tudo, só fiquei tonto”, lembra Daniel, de 65 anos.

Ele transportava água mineral e fazia uma curva acentuada. “Eu joguei para aquele lado de paredão, para livrar um caminhoneiro que ia subindo.”

Segundo o motorista, um mês antes ele escapou da mesma situação: veículo sem freio na estrada. E Daniel reclama de descaso do dono do caminhão após o acidente: “Até hoje ele nunca me procurou para saber se estou morto”.

O proprietário do caminhão é o Gilson, que pagava diárias a Daniel. “Fiz, sim, a manutenção”, diz ele, mostrando um papel para comprovar. “Trabalhei um dia antes com esse caminhão. Você acha que eu ia soltar um caminhão sem freio para ir à serra?”.

Cerca de 30 minutos depois do chamado após a queda, os bombeiros já estavam no local, começando a montar os equipamentos para descer de rapel e assim chegar mais rápido até o motorista que estava lá embaixo. Segundo os bombeiros, a descida é muito perigosa.

O paredão é formado por pedras que podem se soltar. Por causa desse risco, a equipe do Fantástico não foi autorizada a fazer o mesmo percurso.

O idoso foi encontrado fora da cabine do caminhão. De acordo com o bombeiro, se ele ficasse provavelmente teria morrido, já que não ficou nehum espaço livre na cabine com o acidente.

DÉCIMO ANDAR

A mais de dois mil quilômetros do Portão do Inferno está Colatina, cidade capixaba às margens do Rio Doce. E num dos maiores prédios da cidade aconteceu a história do menino João Miguel, de 4 anos.

“Ele gostava de pular no sofá, pulava na cama, no chão”, conta a mãe, Jovania Trancoso, explicando que a altura é algo que sempre instigou João.

Mas ninguém imaginaria que essa brincadeira poderia terminar num acidente grave: o garoto caiu da janela do apartamento onde mora.

No momento em que tudo aconteceu, João Miguel estava em casa com dois irmãos: um de 18 anos e o outro de 20. Um deles foi até a portaria do prédio buscar uma encomenda. Neste momento, o menino se aproveitou da distração do outro irmão e foi até a cozinha. Ninguém viu, mas a família acredita que João abriu uma gaveta, fez uma espécie de escada e foi até a bancada, de onde caiu da janela do décimo andar.

“Foi um barulho estranho. Na hora eu não sabia o que fazer, porque a gente só vê em filme isso, né? Corri para chamar minha vizinha, para ver que que a gente fazia”, conta Maria Luiza, cuja janela do apartamento fica ao lado.

Isso foi no dia 26 de abril, por volta das 15h. Minutos depois, começou a movimentação de pessoas, e um médico que estava passando em frente ao prédio ajudou.

“Um policial veio ao meu encontro e disse: ‘Doutor, uma criança caiu. Vem que está grave”, conta Felipe, o médico que iniciou atendimento. “Logo que eu coloquei a mão no fêmur, ele se mexeu. A criança reagiu de forma dolorosa, com um gemido. Aquilo me deixou um tanto quanto mais animado com o quadro. A partir daí, o Samu tomou conta desse primeiro atendimento.”

João Miguel teve fraturas no braço e na perna. Ele foi levado para um hospital e ficou dez dias internado na UTI. “Você fica apreensivo, porque não sabe se o caso vai agravar, se vai melhorar. Então, foi muito difícil”, relembra Jovânia.

Mas depois de tanta angústia, a alta veio. E João está bem. “A minha vizinha fala assim comigo: ‘Jovania, Deus deu um par de asa para o Miguel’”, conta a mãe do menino.


Fonte: FOLHAMAX
 
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