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Os policiais penais que atuam na Penitenciária Central do Estado (PCE) anunciaram, na manhã desta quarta-feira (25), a paralisação dos serviços não essenciais na unidade pelos próximos quatro dias.
Dentre as principais demandas estão o baixo efetivo operacional e a falta de equipamentos necessários para a prestação de serviços no dia a dia.
Segundo Amaury Neves, presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), as atuais condições representam um risco para a vida dos servidores.
“Estamos à mercê de uma tragédia, os servidores estão correndo risco de vida. Tem plantão em que contamos com apenas três policiais penais para trabalhar na contenção da maior penitenciária do Estado”, explicou Neves.
Atualmente a penitenciária abriga 2,5 mil reeducandos, entre eles detentos de alta periculosidade e integrantes de facções criminosas. Mais de 90 desses detentos trabalham nas obras de reforma e ampliação da unidade.
Neves alerta para a possibilidade de fugas e prática de atividades ilícitas diante da falta de efetivo, o que pode comprometer os procedimentos de segurança.
Já em relação aos equipamentos usados no dia a dia dos policias penais, um dos principais problemas está nos de comunicação.
Conforme a categoria, o número de rádios HT, que são os comunicadores portáteis utilizados pelos servidores dentro da unidade, é insuficiente e costuma apresentar problemas diante da interferência dos bloqueadores de sinal de drones.
A portaria 94/2022/GAB/ assinada pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, também preocupa a categoria. Ela impede os policiais penais de usar o celular durante o trabalho.
“Fomos surpreendidos por essa portaria. O celular do servidor é hoje uma ferramenta de trabalho, além de várias tarefas realizadas com o auxílio do celular, é o seu único meio de comunicação com sua família, durante o seu plantão de 24 horas”, explicou o presidente do sindicato.
A categoria está reunida na tarde desta quarta-feira (25) com o secretário de Segurança Pública, para avaliar a situação.
Fonte: MIDIANEWS
