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Notícias / Polícia

01/06/2022 | 03:30

Irmão se revolta com soltura de motorista e cobra fim do inquérito

Marcilene Pereira e o motorista de aplicativo Igor dos Santos morreram no acidente, ocorrido em abril

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
 
“É uma mistura de indignação, parece até brincadeira”. Assim disse ter se sentido o comerciante Mauro Ricardo Pereira com a soltura do motorista Jefferson Nunes Veiga sem o pagamento de fiança. O condutor provocou um acidente em que sua irmã e mais uma pessoa morreram, no dia 8 de abril, em Várzea Grande.
 
A decisão, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, publicada nesta segunda-feira (30), revoltou os familiares.
 
“É uma sensação de que no País vale a pena cometer crimes, vale a pena matar. A gente fica com cara de otário, tentamos cumprir todas as leis, fazer tudo certinho, mas pra quê?”, desabafou Mauro, irmão da diarista Marcilene Lúcia Pereira, de 39 anos, morta no acidente.
 
Jefferson teve a prisão em flagrante convertida em provisória no dia 10 de abril e esteve preso desde então. A Justiça concedeu liberdade provisória a ele sob pagamento de fiança no valor de R$ 48 mil.
 
A defesa realizou tentativas de reduzir o valor da fiança, alegando que o condutor não teria condições financeiras de arcar com o montante. O pedido havia sido negado e Jefferson continuou na prisão por não pagar o valor estabelecido.
 
Nesta semana, o Tribunal de Justiça compreendeu, diante de documentos apresentados pela defesa e do não pagamento do valor, a incapacidade financeira do motorista e determinou a dispensa da fiança. A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do motorista foi suspensa.
 
É pouco
 
Familiares e amigos da diarista já haviam se manifestado diante do valor estipulado pela Justiça. “Não conseguiram concluir o inquérito e aí solta o cara por R$ 24 mil cada vida. É um tapa na cara da gente”, disse Mauro.
 
O comerciante seguiu criticando a demora na conclusão do inquérito após quase dois meses de investigação.
 
“A gente não entende o que há de tão complicado nesse inquérito. As provas eram muito nítidas, concretas, as provas ali. Ele foi preso em flagrante, tinha antecedentes, por que não conclui em 15 dias? Qual a dificuldade?”, questionou.
 
Mauro ainda aponta a incoerência da retirada de fiança com a alegação da falta de recursos. “Ele pagou um advogado de alto nível, falou que é humilde, que é pobre, mas estava andando de Corolla. Eu não ando de Corolla e isso que eu trabalho bastante, não faz sentido”, finalizou.
 
O crime
 
O acidente ocorreu na manhã do dia 8 de abril, na Avenida Filinto Muller.
 
Jeferson conduzia um Corolla quando invadiu a contramão e atingiu um Etios, onde estavam o Marcilene e Igor Rafael dos Santos. A filha da diarista também estava no veículo e ficou vários dias internada.
 
Uma câmera de segurança flagrou a colisão.
 
Nas imagens, é possível ver que o motorista do Corolla invade a pista contrária e bate violentamente contra o Etios. Antes, o veículo quase acerta outro carro que seguia na mesma direção.
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS

 
 
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