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O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a criticar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de "barrar" o processo de licitação do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Grande Cuiabá. Segundo ele, o imbróglio acaba fazendo com que as “pessoas continuem morrendo na Avenida da FEB”.
A liminar do TCU, proferida pelo ministro Aroldo Cedraz e referendada pelo Pleno em maio deste ano, determinou a paralisação do processo licitatório do BRT, acatando pedido feito pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que defende a conclusão do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), obra envolta a denúncias de corrupção e alvo de operações.
“Disse e repito: o que o TCU fez é uma aberração, um absurdo. Porque não tem nenhuma razão de ser para o TCU estar nesse processo”, disse Mendes.
“E aí, inexplicavelmente, a Prefeitura de Cuiabá entrou e alguém no TCU deu uma cautelar. E senta em cima dela e vai ficar gente morrendo na Avenida da FEB e essa cicatriz aqui por irresponsabilidade de algumas pessoas”, acrescentou.
A fala do governador se refere a uma das principais avenidas de Várzea Grande, onde o canteiro central foi “rasgado” para instalação dos trilhos do VLT encontra-se abandonado há mais de 10 anos e tem registrado inúmeros acidentes.
O Governo aponta que como o BRT não possui recursos federais para andamento do projeto, não há razão para que a Corte de Contas federal dê “pitaco” na obra, tratando-se de algo de competência do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que inclusive já avalizou o processo licitatório.
Viagem a Brasília
Ainda ontem, Mendes viajou a Brasília para tratar de algumas pautas de interesse para o Estado e, apesar de não confirmar, a tentativa de reversão da decisão do TCU é apontada como uma dos assuntos que que estavam na agenda do chefe do Executivo.
“Vou tratar de dois ou três assuntos estratégicos para Mato Grosso e, por ser estratégico, isso a gente trabalha um pouco em off”, disse.
Outro ponto especulado é que o governador possa ter tentado articular em torno da reforma aprovada pela Câmara Federal na semana passada, que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina, o que tem sido visto pelo Estado como risco de diminuir a competitividade da indústria do etanol no Estado.
Fonte: MIDIANEWS