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Notícias / Política

13/06/2022 | 19:31

Justiça manda Bosaipo autorizar entrada de oficial na sua casa

Vara Especializada em Ações Coletiva autorizou uso de força policial caso ordem seja desobedecida

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
A Justiça não reconheceu o laudo de avaliação de imóvel apresentado pelo ex-conselheiro Humberto Bosaipo, da sua casa no Bairro Santa Cruz II, em Cuiabá, para dar seguimento no cumprimento de sentença em que ele foi condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 8 milhões. 
 
Na mesma decisão, a Justiça determinou que Bosaipo permita o acesso de um oficial de Justiça na casa para realizar a avaliação do imóvel. E ainda autorizou o uso de força policial em caso de desobediência da ordem.
 
A decisão é assinada pela juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas, e foi publicada nesta segunda-feira (13).
 
Bosaipo foi condenado em 2013 a devolver R$ 8 milhões aos cofres públicos por acúmulo ilegal de cargos. O imóvel já estava bloqueado desde 2009 esperando o desfecho da ação.  Em 2021, foi autorizado o cumprimento da sentença. 
 
O ex-conselheiro apresentou a avaliação do imóvel em março deste ano, após a própria magistrada ter autorizado o arrombamento da casa, já que o oficial de Justiça não conseguia ter acesso.  
 
No documento apresentando pelo ex-conselheiro e assinado pelo corretor Marcio Martins, consta que o imóvel está avaliado em R$ 16 milhões.
 
Na decisão, o magistrada afirmou, porém, que o valor, embora subscrita por corretor de imóveis habilitado junto ao conselho profissional, não se mostra adequado para fins de avaliação do imóvel, pois sequer foi indicado o método e os parâmetros utilizados para se chegar a tal preço.
 
“Desta  forma, determino que o requerido seja intimado a permitir o acesso ao imóvel, a fim de que seja avaliado por oficial de justiça. Conforme já consignado na  decisão anterior, caso haja recalcitrância em permitir a entrada do Sr. Oficial de Justiça, fica autorizado o concurso de força policial”, decidiu.
 
A condenação 
 
Conforme a ação, Bosaipo acumulava ao menos quatro subsídios, como conselheiro, pensão de ex-deputado, aposentadoria como técnico da Assembleia Legislativa e aposentadoria de ex-governador – cargo que ocupou por 10 dias. 
 
O subsídio dele chegava a R$ 75,2 mil, valor bem acima do permitido pela legislação. A condenação veio em 2013, e determinou que Bosaipo devolvesse aos cofres públicos R$ 8 milhões. 
 
Bosaipo pediu renúncia do cargo de conselheiro em 2014.  
 
Ele, entretanto, já está afastado do TCE desde 2011 por determinação do Supremo Tribunal Federal.
 
A decisão teve como base as acusações e condenações por peculato e lavagem de dinheiro no período em que atuava como deputado estadual. 
 
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS

 
 
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