Mato Grosso,
Sexta-feira,
19 de Abril de 2024
informe o texto a ser procurado

Notícias / Cidades

19/06/2022 | 17:28

Sesp vai interligar 15 mil câmeras em imóveis privados em MT

Projeto batizado de Vigia Mais MT prevê a instalação de equipamentos em todo o Estado

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução

 
 
A Secretaria Estadual de Segurança Pública está implementando um projeto que deve mudar o combate ao crime em Mato Grosso. O Vigia Mais MT pretende instalar 15 mil câmeras em imóveis privados no Estado, interligando-as a seu centro de monitoramento, numa espécie de Big Brother da Segurança.
 
“Depois desse avanço que Mato Grosso está fazendo, vejo os outros estados indo para o mesmo caminho, que é o uso maciço de câmeras. Esse é o futuro da segurança pública”, diz Bustamante.
 
O secretário explica que a ideia do projeto é o Estado fornecer os aparelhos para serem instalados em empresas, comércios, fazendas e outros tipos de propriedades privadas espalhadas por Mato Grosso. 
 
Em contrapartida, o proprietário do local fornece a energia e a internet do imóvel para que a secretaria seja capaz de transportar as imagens em tempo real para o sistema da Sesp. Ali elas poderão ficar armazenadas por determinado tempo e ser acessadas durante investigações de crimes ou em ações preventivas.
 
Em entrevista ao MidiaNews, o secretário contou que a ideia surgiu na época da Copa do Mundo de 2014.
 
Como Cuiabá foi escolhida como uma das sedes, toda a equipe de Segurança pública do Estado participou de diversas viagens e palestras para conhecer o que tinha de mais moderno e eficiente para a cobertura de grandes eventos.
 
“Nessas visitas aos Estados Unidos e à Europa, podemos perceber que os países mais desenvolvidos faziam muito uso das tecnologias, principalmente de câmeras nas ruas. Elas faziam o controle de reconhecimento facial, de circulação de pessoas e de veículos”, relata.
 
Foi naquela mesma época que começou a funcionar o Centro de Comando de Controle da Sesp, com pouco mais de 200 câmeras fornecidas pelo Governo Federal.
 
Equipadas para fornecer imagens de alta qualidade e com reconhecimento de caractéres, aquele foi o começo do avanço na segurança do Estado.
 
Quando Bustamante retornou ao cargo de secretário, em 2019, novamente foi trazido à tona a ideia de implementar mais câmeras nos municípios, mas agora com a colaboração da sociedade.
 
“O custo da pessoa não vai aumentar e nós vamos ter a ferramenta à disposição. […] É uma visão de futuro em que a parceria público/privada é boa. Eu cedo a câmera, que é uma ferramenta cara, com as especificações que necessito e ele me empresta o canal de trafegar essas informações, que é a internet”, explica.
 
Segurança colaborativa
 
Bustamente acredita que esta parceria será essencial para ajudar no combate à criminalidade do Estado. Isto porque, segundo o secretário, a câmera também vai ser capaz de inibir os criminosos.
 
Em um dos exemplos, ele fala sobre a surpresa imediata de saber que está sendo filmado, até mesmo em momentos cotidianos, como no elevador ou em uma festa. Pensando em um cenário criminal, a reação dos bandidos promete ser a mesma, já que muitos se sentiram intimidados pela possibilidade serem flagrados no crime.
 
“O comportamento da pessoa muda, até o dia que começa a ficar natural, e o natural é o correto, o certo”, explica.
 
“É um mundo novo, de futuro, porque não adianta colocar um policial em cada esquina que a segurança não vai aumentar. Tem que inibir”, acrescenta.
 
Como o projeto ainda está em andamento, os locais onde as câmeras serão instaladas estão sendo estudados. As pessoas e empresas que colaborarem com o projeto, de acordo com o secretário, vão auxiliar nas investigações policiais.
 
Bustamente conta que as filmagens domiciliares, feitas com câmeras adquiridas pelo proprietário dos estabelecimentos e residências, já são de grande ajuda nas ações da Polícia.
 
No entanto, algumas imagens não tinham qualidade suficiente para servir de prova pela falta de nitidez. Agora, com o projeto, a intenção é profissionalizar e expandir essa colaboração que já existia.
 
“A câmera é um bom policial, porque ela não tira férias, não fica doente, lembra de tudo que passou e está ali sempre disponível. Então é uma ferramenta muito boa para nós”, afirma.
 
Combate ao crime
 
Com as imagens armazenadas no sistema da Sesp, os investigadores terão mais facilidades para identifcar suspeitos. Isto porque, com a ampliação do número de câmeras, a tecnologia de identificação de caracteres terá um alcance maior.
 
Essa ferramenta de identificação lê tanto placas de carros, motos, caminhões, quanto outros dizeres que possam ser vistos no veículo ou no próprio suspeito.
 
Essa tecnologia será útil no combate ao tráfico de droga na fronteira com Bolívia, em crimes de furto, sequestros e até roubos de grande repercussão, como o que ocorreu em Nova Bandeirantes com envolvimento no “Novo Cangaço”.
 
Apesar de estarem à disposição da Sesp para ser acessada, as filmagens, segundo o secretário, só serão acionadas em situações necessárias e não a todo momento.
 
Mesmo sendo uma ferramenta já utilizada em outros estados, Mato Grosso inova pela quantidade de câmeras que adquire. Por isso, Bustamante acredita que quando os resultados começarem a aparecer, o Estado será um exemplo de segurança no Brasil.
 
“A gente está trazendo para cá uma ferramenta que já funciona muito bem no Japão, na China, na Europa e nos Estados Unidos. Se funciona lá, acreditamos que possa funcionar muito bem aqui. Essa é a ideia: usar câmeras, uma ferramenta de auxílio da segurança pública para a proteção da sociedade”, conclui.
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS



 
 
Assista Ao Vivo
 
Sitevip Internet