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Notícias / Cidades

13/07/2022 | 05:20

Família protesta e pede que TJ reveja decisão que soltou atiradora

Patrícia Guimarães, mãe da menor, encaminhou recurso contra soltura da menor que atirou em sua filha

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
 
Em manifestação dos dois anos da morte da jovem Isabele Ramos, a empresária Patrícia Guimarães Ramos faz apelo à Justiça e pede reversão da decisão que soltou a adolescente que atirou em sua filha.
 
A menor ganhou a liberdade no dia 8 de junho, após ficar um ano internada no Complexo Pomeri. A decisão que mandou soltá-la foi tomada pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
 
“Espero que a Justiça se sensibilize e possa reverter esse voto. Eu não posso fazer isso sozinha, preciso de vocês e preciso também do Ministério Público. Estou na esperança, na expectativa para que essa desqualificação possa ser revista”, disse à imprensa.
 
Patrícia ainda afirmou que o recurso para recorrer da decisão foi protocolado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e encaminhado para a avaliação. Agora, a mãe diz estar na “expectativa” aguardando o parecer.
 
Na manhã desta terça-feira (12), além da empresária, outros familiares de Isabele e amigos da família se reuniram para manifestar contra a decisão do TJ e marcar o segundo ano sem a jovem. O crime ocorreu no dia 12 julho de 2020, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá.
 
A empresária se mostrou indignada com a soltura da adolescente que atirou em Isabele e questionou o porquê dela estar sendo tratada de forma diferente das outras menores.
 
“Aqui fica o meu apelo, meu questionamento, a vida continua normal? Porque minha filha não vai voltar nunca mais, mas ela certamente vai poder desfrutar de uma vida como se nada tivesse acontecido, sem consequências dos atos, que não só ela cometeu, mas que a família também”, lamentou.
 
A tia de Isabele, Geane Soares, também conversou com a imprensa e disse ter ficado surpresa com a decisão da Justiça de alterar o entendimento do crime de homicídio doloso para culposo, quando não há intenção de matar.
 
“Foi uma surpresa muito grande realmente. Ela já estava cumprindo a pena que foi decidida e de repente foi liberada e tudo cancelado. Essa mudança que a gente não conseguiu entender”, afirmou.
 
“É muito triste, a gente fica com um sentimento de impotência, porque ela foi julgada, condenada. Até que ponto ela não é um risco? Porque ela matou a melhor amiga dela”, questionou outra tia, Patrícia Araújo.
 
Dois anos sem Isabele
 
Ainda tentando conviver com a morte da filha, Patrícia declarou que uma das partes mais difíceis de toda a situação é o silêncio da menor que atirou na jovem. Na época do crime, as adolescentes eram consideradas melhores amigas.
 
“O silêncio sem sombra de dúvidas, nunca tive um pedido de desculpas. Eles [a família] nunca trataram esse crime como se realmente fosse um crime, como se não tivesse passado de um acidente, porque não foi só isso”, disse.
 
A mãe ainda afirmou que a jovem nunca colaborou com as investigações e disse que tanto ela quanto sua família foram “omissas” em seus depoimentos sobre o caso.
 
Ao final da manifestação, Patrícia revelou o único desejo, que seria recomeçar sua vida.
 
 
 
 
Fonte: MIDIANEWS


 
 
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