A prefeitura de Cuiabá firmou convênios com quatro hospitais filantrópicos para repassar R$ 189,73 milhões nos próximos dois anos. Os contratos foram assinados entre os dias 20 e 31 de outubro e foram publicados no Diário Oficial de Contas de segunda-feira (27).

Hospital Geral, Hospital Santa Helena, Hospital de Câncer de Mato Grosso e a Santa Casa de Misericórdia irão dividir o “bolo”.

O Hospital Geral deve receber o maior valor. O contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a unidade prevê o pagamento de R$ 69,54 milhões nos próximos dois anos.

A prefeitura contratou a prestação de serviços para atendimento eletivo e de urgência nas áreas de obstetrícia, cardiovascular, neurologia e oncologia dos pacientes em tratamento na unidade. Também estão previstos no contrato internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

O segundo maior orçamento é o da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Pelos serviços de atendimento de urgência e emergência, internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade aos pacientes do SUS, a prefeitura deverá pagar R$54,90 milhões em dois anos à unidade.

Ao Hospital Santa Helena deverão ser pagos R$34,09 milhões. O contrato prevê a prestação de serviços de para atendimento de urgência e emergência, internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade.

Já o Hospital de Câncer deve receber o menor valor: R$31,20 milhões. O hospital deverá prestar serviços de assistência à saúde para atendimento de urgência e emergência, além de internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade aos pacientes de Cuiabá.

Os hospitais filantrópicos passam por dificuldades financeiras e têm feito diversas cobranças, especialmente ao governo do Estado, pelo repasse de valores para custeio.

De acordo com a prefeitura de Cuiabá, o valor repassado aos filantrópicos foi calculado com base no número de internações e atendimentos realizados pelos hospitais. Segundo a prefeitura, mais de 90% dos partos na capital, por exemplo, são feitos pelo Hospital Santa Helena e pelo Hospital Geral, o que justificaria os repasses. Os filantrópicos realizam atendimentos de atenção primária, que é responsabilidade da prefeitura.