Fundadora do Grupo Scheffer, a empresária Carolina Scheffer se "fantasiou" de mulher negra, fazendo alusão à figura "nega maluca", durante uma festa no final de semana. O ato rapidamente ganhou as redes e gerou revolta.
A festa foi realizada no sábado (20) na sede do Grupo Bom Futuro. Na ocasião, várias pessoas estavam fantasiadas. Contudo, Carolina, que é branca e loira, utilizou tinta preta sobre a pele para simular ser uma pessoa negra.
Após foto da "fantasia" viralizar nas redes sociais, Carolina foi acusada de blackface, que é uma prática tida como racista em que brancos imitam características físicas de pessoas negras.
À reportagem, o coordenador de Juventude da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) em Mato Grosso, Vinícius Brasilino, afirmou que é uma prática reprovável, de um ato racista e capacitista.
"O ato da Carolina Scheffer é um ato inadmissível nos dias de hoje. Mato Grosso, por exemplo, tem um dos maiores índices de violência às mulheres, em especial às mulheres negras, como vítimas de feminicídios. É triste perceber que ser mulher negra é usado como fantasia, como forma de depreciar a imagem das mulheres negras", disse.
"E, inclusive, de forma capacitista com a fantasia da chamada 'nega maluca'. É um ato triste, reprovável e que nós além de lamentarmos temos que ter medidas efetivas para conscientizar a população sobre o fato de que os corpos negros não são fantasias", acrescentou.
Fonte: GAZETADIGITAL