O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) julga nesta terça-feira (23), a partir das 19h30, a conduta da médica Letícia Bortolini. Caso condenada pela omissão de socorro, ela pode perder a autorização para exercer a profissão.
Letícia é acusada de matar atropelado o verdureiro Francisco Lúcio Mara atropelado, em abril de 2018, em Cuiabá. No último dia 8 de agosto, a Justiça determinou que a ré seja submetida a julgamento de júri popular.
Um dia após a decisão do juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal da Capital, Letícia, em suas redes sociais, disse que é julgada apenas por ser rica.
“O meu caso é diferente, porque eu sou médica, porque eu sou rica, porque eu tenho dinheiro. A gente é tratado diferente”, afirmou
De acordo com o artigo 4º do capítulo I do Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) do Conselho Federal de Medicina (CFM), a sindicância e o processo ético-profissional (PEP) terão forma de autos judiciais, com as peças anexadas e os despachos, pareceres, notas técnicas, petições e decisões ou acórdãos juntados em ordem cronológica.
O caso
O verdureiro Francisco Lúcio Maia foi atropelado pela médica no dia 14 de abril de 2018, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
Imagens de câmeras de segurança da avenida mostram o momento em que o homem é arremessado contra uma árvore.
A investigação aponta que a médica estava em alta velocidade e dirigia sob efeito de álcool.
O laudo mais recente, divulgado em março desse ano, concluiu que ela dirigia a 101 km/h quando atingiu o verdureiro. O homem morreu no local.
Horas depois, já no dia 15 de abril, a polícia encontrou a médica e o marido na casa de familiares. Ela se negou a fazer o teste do bafômetro e garantiu que não tinha bebido nada.
Fonte: GAZETADIGITAL
