O governador Mauro Mendes (União) assinou a ordem de serviço para a construção do BRT ( Ônibus de Rápido Transporte) nesta segunda-feira (29). Apesar disso, a previsão é que as obras se iniciem em até 6 meses. Durante a assinatura, o governador aproveitou para criticar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmando que o mesmo criou problemas para tentar barrar a obra.
"Houveram todos os problemas, foram criados pela prefeitura de Cuiabá, através do seu prefeito, nenhum deles logrou êxito, todos, literalmente, todos ele perdeu", disse Mauro Mendes.
O governador também agradeceu o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), derrubando a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que havia paralisado todo o trâmite do BRT, para analisar a situação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que foi abandonado pela gestão em prol do BRT.
"Quero aqui registrar meu agradecimento ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso que teve a sua competência usurpada pelo TCU, que prontamente compreendeu isso, o presidente [José Carlos] Novelli, se mostrou muito proativo, não só pra defender os interesses de Mato Grosso, mas defender a própria competência do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. Entrou no Supremo e a semana passada nós tivemos o deferimento da liminar que revogou então essa decisão do ministro do TCU", afirmou.
Segundo o secretário-adjunto de gestão e planejamento metropolitano na Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Rafael Detoni, os projetos que a empresa irá fazer, serão aprovados por etapas, assim como o início das obras. "Eles fazem o projeto de um trecho, nós aprovamos e eles iniciam as obras. A expectativa é que em 6 meses a gente tenha canteiros de obras em Cuiabá e Várzea Grande", disse Detoni.
O secretário da Sinfra, Marcelo Padeiro, afirmou que a previsão é de que as obras se iniciem em Várzea Grande, já que o prefeito Kalil Baracat (MDB) se diz favorável à obra. Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, já afirmou que não deixará a obra começar na capital, por defender o VLT.
O Consórcio do BRT é liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação, realizada no mês de março, apresentando a proposta de menor preço. Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões. Para a implantação do BRT, o Governo do Estado se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Fonte: GAZETADIGITAL
