A médica Jaqueline da Croce recebeu alta nesta quinta-feira (1), uma semana após ter sido esfaqueada por um paciente em surto psicótico em uma unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Primavera do Leste.
Ela foi aplaudida por colegas de profissão e pacientes que estavam na unidade ao sair do quarto em uma cadeira de rodas.
Segundo o irmão da Jaqueline, o cardiologista Leandro da Croce, ela foi agraciada com um “milagre”, pois diante dos golpes, seu quadro clínico tinha muito mais chances de evoluir mal.
Jaqueline sofreu quatro perfurações, uma delas no abdômen e quase tendo perfurado seu útero. Ela está grávida de cinco meses.
Leandro aproveitou para agradecer tanto a equipe que a atendeu, quanto os profissionais da unidade em que ela foi ferida. A agilidade, segundo ele, garantiu a sobrevivência da irmã.
“Queria agradecer de uma forma especial o Hospital das Clínicas que deu o tratamento para ela aqui. Toda a equipe multidisciplinar, médicos, enfermeiras, fisioterapeuta, secretárias, faxina, nutricionistas. Enfim, toda a equipe do hospital, que fez um trabalho brilhante, desde o acolhimento dela na emergência”, afirmou.
Ele fez um agradecimento especial à agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, que morreu ao tentar salvar a médica.
“Agradecer mais uma vez à família da Regy Rouse, com certeza uma heroína que vai ser lembrada para sempre pelo ato de amor que ela fez, que sempre procurava servir e no final da vida deu a vida para poder salvar duas pessoas”.
O crime
Leandro ainda pediu para que o caso seja tratado com rigor pelas autoridades. “Esse criminoso não tem condições de voltar a circulação na rua, é uma pessoa extremamente perigosa, um monstro que ataca mulher grávida trabalhando”.
Segundo ele, além de um “mostro”, o homem foi “covarde”, por invadir um local ocupado predominantemente por mulheres.
