O homem e a mulher envolvidos no atropelamento que resultou na morte do estudante Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, 21, em frente a uma distribuidora na madrugada da última sexta-feira (2), afirmaram que não pararam no local com medo de serem linchados.
Em depoimento à polícia nesta segunda-feira (5), o dono do carro, Diogo Pereira Fortes, 33, afirmou que estava no banco do passageiro e que sua amiga, uma jovem de 24 anos, é quem conduzia o veículo. Eles se conheceram há cerca de um mês.
No momento do acidente, ela disse para Diogo que havia batido em outro carro. Eles, portanto, não pararam com medo.
“Ele não parou na madrugada porque era uma distribuidora, tinha muita gente. (...) medo de ser linchado”, disse Jonatas Peixoto, advogado de defesa de Diogo. “A galera [clientes do estabelecimento] já estava alcoolizada, ficaram com receio e deslocaram para casa".
Ele afirma ainda que seu cliente e a amiga pararam alguns metros depois de terem atingido Frederico e não viram nenhuma movimentação e seguiram em frente. Ela ficou em casa. Diego, de sua residência, ligou para o Centro de Operações de Segurança Pública (Ciosp) por cerca de 12 ou 13 vezes para saber se havia algum registro de acidente, relatou o advogado.
“Houve o interesse de saber se foi algo ou alguém, contudo na hora da batida não foi possível identificar se foi algo ou alguém que eles bateram”. A defesa afirma que Diogo estava em horário de lanche.
Em seu depoimento, ele afirmou que só soube da fatalidade pelo dono da distribuidora após retornar no local e perguntar se havia ocorrido algum acidente ou se alguém tinha batido em algum carro.
Após o depoimento nesta segunda, o homem foi liberado. Ele estava acompanhado de 3 advogados e familiares. A motorista do dirigia o Honda City que atropelou e matou o estudante será ouvida na quinta-feira (8).
Fonte: GAZETADIGITAL
