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12/09/2022 | 08:29

Falta de fiscalização incentiva atuação de ‘desmontes’ ilegais

Redação TV Mais News

Falta de fiscalização incentiva atuação de ‘desmontes’ ilegais

Foto: Reprodução

 
Falta de fiscalização no ramo do comércio varejista de peças e acessórios usados para veículos automotores fomenta a atuação de organizações criminosas que praticam roubo e furtos de veículos e motocicletas em Mato Grosso. Relação foi constatada durante a operação Tarântula, da Polícia Civil, que desarticulou bando criminoso especializado que deu prejuízo superior a R$ 6 milhões em apenas 6 meses, atuando em furtos de veículos em condomínios fechados em Cuiabá.  
 
Conforme dados da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat), existem 6.601 empresas do ramo cadastradas no Estado, sendo que 1.928 atuam na Capital e em Várzea Grande. Nas duas cidades, em 2021, foram registradas 1,8 mil ocorrências envolvendo furtos e roubos de veículos e motocicletas, conforme dados da Polícia Civil. Portaria publicada no Diário Oficial do Estado em 6 de dezembro de 2018 pelo então presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Mato Grosso, José Eudes Santos Malhado, propunha as medidas administrativas, técnicas e as normas sobre o funcionamento, fiscalização e controle das empresas de desmontagem, venda, fiscalização e destinação de peças usadas de veículos automotores. Mas a medida nunca saiu do papel.  
 
Concorrência desleal com dezenas de empresas irregulares e que abastecem seus estoques com peças de veículos furtados e roubados, também prejudica empresários que atuam dentro da legalidade, assegura Gabriel Moretto, 21, que hoje comanda os negócios da família. O Ferro Velho Nossa Senhora Aparecida foi fundado pelo pai, Rodrigo Belle, há cerca de 20 anos. Depois de passar por vários endereços, hoje está na avenida Miguel Sutil e possui milhares de peças cadastradas em estoque. Mas apesar de ser uma empresa consolidada no ramo, a concorrência desleal fez a família decidir pela sua venda.  
 
O jovem empresário diz que ao trabalhar com peças oriundas de veículos legais, isto é, de leilões e com documentação, fica impossível concorrer com as empresas que oferecem o mesmo produto por um terço do valor. Mesmo com a garantia da nota fiscal do produto, muitos consumidores preferem correr riscos de comprar peças oriundas de veículos roubados ou furtados. A clientela da empresa se divide entre consumidores individuais e donos de oficinas automotivas. Cita que a empresa inclusive se adequou às normas ambientais fazendo a cobertura exigida para o pátio onde mantém os estoques, além de possuir alvarás municipais e do Corpo de Bombeiros.  
 
 
 
 
Fonte: GAZETADIGITAL


 
 
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