O Ministério Público Estadual (MPE-MT) emitiu parecer favorável à quebra de sigilo telefônico de Rafael Silva de Oliveira, 24, acusado de ter matado a facadas Benedito Cardoso dos Santos, no feriado de 7 de setembro, por motivação política. O documento é assinado pela promotora Vanessa Assis Baruffi.
Benedito, que era apoiador do ex-presidente Lula, foi morto a facadas por Rafael, que é bolsonarista, na semana passada em Confresa.
O pedido de quebra de sigilo havia sido feito pela Polícia Civil na terça-feira (13). As autoridades entendem que é preciso quebrar o sigilo porque, após o crime, o telefone de Rafael foi formatado, ou seja, teve seus arquivos apagados.
"E considerando a apuração das circunstâncias, é possível que o único meio de se obter mais provas que confirmem a prática delituosa seja por meio do afastamento do sigilo de seus dados telefônicos, a fim de verificar os dados armazenados", diz trecho do parecer.
“Do exposto, o Ministério Público, por sua agente signatária, neste momento, considerando os elementos documentados, manifesta-se favoravelmente ao pedido de quebra de sigilo de dados contidos em dispositivo móvel de propriedade de Rafael Silva de Oliveira”.
O suspeito teria mostrado para uma testemunha um vídeo em que Benedito aparece morto e estendido no chão. O homem levou 15 facadas e Rafael ainda utilizou um machado para dar o golpe fatal.
Com medo de ser preso, Rafael teria deixado o aparelho com a testemunha e afirmado que pegaria de volta o celular quando saísse da prisão.
Dias depois, esta testemunha foi acionada para prestar depoimento e o aparelho foi solicitado com o intuito de ajudar nas investigações. Contudo, ao ser apresentado, foi constatado que o celular havia sido formatado e não havia mais nenhum conteúdo.
Por conta disso, o delegado representou pela a quebra de sigilo telefônico e o pedido foi seguido pela promotora.
Fonte: MIDIANEWS