Enfermeira Gilnara Galvão Torres firmou acordo de não persecução cível após ser acusada de furtar diversos materiais do Hospital Estadual Santa Casa, dentre eles testes para covid-19 em meio à pandemia em Mato Grosso.
O crime, tipificado como peculato - posse de bem público em função do cargo para benefício próprio ou de terceiro - ocorreu no início de 2021, quando a pandemia estava em situação gravosa em estado.
Conforme noticiado, policiais foram informados de que havia caso de furto no hospital. No local, a bolsa da enfermeira revistada e, dentro do acessório, foram flagrados diversos kits médicos. Com a ação, a mulher foi presa no dia 11 de abril de 2021.
Em acordo com a Justiça, contudo, ficou estabelecido que o valor do dano apurado foi de R$ 1.628,08 e R$ 800 a título de dano moral coletivo. O dinheiro será repassado ao Fundo Estadual de Saúde por meio de depósito da enfermeira.
Relembre o caso
Após a prisão, a profissional foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e alegou desconhecimento sobre a maioria dos objetos encontrados em sua bolsa, somente reconhecendo os cateteres nasais, que disse ter o costume de “manter em sua bolsa” para atender emergência de estabilização. Porém, em depoimento, ela respondeu que eram seus e que os utilizava em plantões particulares.
Um profissional de enfermagem ouvido na delegacia confirmou que todos os materiais encontrados com a enfermeira são de propriedade do hospital e que os códigos que constam são de controle interno da farmácia da unidade, como forma de saber como está sendo utilizado.
O homem informou ainda que a profissional detida tinha a função da triagem dos pacientes, o que não abrangia a realização de testes covid, que é realizada por enfermeiros próprios da unidade hospitalar. Ele destacou que servidor do hospital não tem autorização para sair com medicamentos ou instrumentos de trabalho.
Fonte: GAZETADIGITAL
