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22/10/2022 | 08:23

Ministério Público denuncia Taques por obstrução de justiça

A denúncia aponta que Taques disparou críticas ao MP em especial, ao promotor de Justiça, Mauro Zaque, o acusando de ter fraudado o protocolo do governo do Estado

Redação TV Mais News

Ministério Público denuncia Taques por obstrução de justiça

Foto: Reprodução

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou o ex-governador Pedro Taques por calúnia e difamação, e obstrução de justiça para tentar se blindar de possíveis sanções por prevaricação no ambito da 'Grampolândia Pantaneita'. Na denúncia assinada pelo promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour Cesar, as investigações mostram que após ser apontado como mandante da instalação de escutas ilegais, o ex-governador disparou críticas ao Ministério Público e, em especial, ao promotor de Justiça, Mauro Zaque, o acusando de ter fraudado o protocolo do governo do Estado. 

 

À época, Taques apontou que Zaque encaminhou a denúncia à Procuradoria-geral da República ocorreu supostamente pelo fato de o então governador ter negado nomear José Antônio Borges como chefe do MPMT em 2017.   


 

"Nesses termos, agindo dolosamente e ciente da ilicitude de sua conduta, José Pedro Gonçalves Taques incorreu na prática do delito previsto no artigo 339, caput, do Código Penal, visto que deu causa à instauração do Procedimento Investigatório Criminal n. 008/2017 e Sindicância Administrativa de Portaria n. 06/2017-CGMP contra o Promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus, imputando-lhe falsamente a prática dos crimes de falsificação de documento público, prevaricação, denunciação caluniosa, tipificados respectivamente nos artigos 297, 319 e 339, todos do Código Penal, mesmo sabendo de sua inocência", diz trecho da denúncia.  

 

Além disso, Taques teria cometido obstrução de Justiça ao denúncia Mauro Zaque ao próprio Ministério Público, visando atingir um objetivo determinado, qual seja, "proteger aqueles que participaram das captações telefônicas ilegais, através do famigerado escritório de arapongagem clandestino, bem como embaraçar e tumultuar as investigações em andamento pelo inquérito principal".    

 

Relembre o escândalo dos grampos  

Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, em maio de 2017, revelou que a Polícia Militar de Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas não investigadas por crimes.   A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaina Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles seriam apenas alguns dos “monitorados”.  

 

O esquema já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico. As investigações revelaram que os coordenadores jurídicos das campanhas adversárias do ex-governador Pedro Taques, em 2014, foram alvos da escutas telefônicas criminosas.  

 

Os advogados José de Patrocínio, que atuou na campanha de Lúdio Cabral (PT), e Antônio Rosa, que coordenou a equipe jurídica da campanha do ex-deputado José Riva e Janete Riva, estavam na lista das vítimas do esquema. Além do jornalista e ex-candidato a governo, José Marcondes Muvuca.    

 

Os grampos foram obtidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso a telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

Fonte: GD
 
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