Dados da Secretaria Estahdfual de Saúde (SES), apontam que das 113.328 crianças com idade entre 3 e 4 anos que deveriam ser imunizadas contra a covid-19 em Mato Grosso, apenas 3.438, ou 3%, tomaram a primeira dose e 584 a segunda (0,5%).
Especialistas falam da importância dos pais levarem os filhos para se imunizar e apontam possíveis consequências da não vacinação.
A virologista e epidemiologista, Ana Cláudia Pereira Terças Trettel, enfatiza que quanto à cobertura vacinal, o país, como um todo, vive uma situação preocupante, já que há uma baixa procura por imunização contra doenças imunopreveníveis. “Em relação à vacina contra a covid-19 é delicado, porque a construção desse novo normal, com o retorno das aulas, do trabalho, da economia, se deve à vacina. E se deixarmos a cobertura vacinal cair, podemos ter aumentando o número de casos, de hospitalizações e óbitos”.
Ela destaca que se o cenário atual se prolongar e a imunização continuar em baixa, a população poderá reviver cenários mais graves, que talvez remeta ao registrado no início da pandemia.
Em relação às crianças, frisa a importância da conscientização dos pais, uma vez que são eles que devem levar os pequenos aos postos de saúde para atualizar a caderneta de vacinação. Lembra que toda pessoa que sai de casa e tem convívio social, corre o risco de ser infectada. Para aqueles que não estão vacinados, o coronavírus pode se manifestar de forma moderada à grave. “Resultando em internação e, infelizmente, até em óbitos, independente da faixa etária. Quando uma pessoa de casa não está vacinada, ela coloca em risco todas aquelas com as quais ela convive”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a aquisição de novas doses da vacina contra covid-19 para as crianças de 3 a 4 anos leva em conta o ritmo de vacinação e o avanço do número de doses aplicadas. O órgão federal informou que está em tratativas com o laboratório para aquisição de mais doses do imunizante para esta faixa etária.
Com informações da A Gazeta