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17/11/2022 | 13:42

Ex-secretários da gestão Taques são indiciados por grampos em eleições em MT

Segundo o inquérito foi possível identificar crimes como obstrução de Justiça, além de delitos militares

Redação TV Mais News

Ex-secretários da gestão Taques são indiciados por grampos em eleições em MT

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, em mais um inquérito da grampolândia pantaneira envolvendo o episódio de Lucas do Rio Verde (354 Km ao norte de Cuiabá). Taques é acusado de obstrução de justiça, no episódio que é investigado desde 2017 pela Força Tarefa da Grampolândia.  


A delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, também encaminhou cópia do inquérito para a Justiça Militar, já que o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, também foi investigado. Segundo o inquérito foi possível identificar crimes como obstrução de Justiça, além de delitos militares.  


O Caso

O  esquema de escutas clandestinas investigadas, teriam sido usado nas eleições de 2012 e de 2016 em Lucas do Rio Verde, já que existem depoimentos que apontam que houveram interceptações nestes anos com a possível participação de Paulo Taques e militares.    

Um dos casos tem por base o depoimento da publicitária Tatiane Sangalli em 2017, quando ela revelou que o escritório de advocacia de Paulo Taques gravou, por meio de arapongagem, uma conversa do juiz eleitoral André Gahyva com uma pessoa não identificada, que fazia parte da coligação do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, e atual vice-governador do Estado, Otaviano Pivetta (Republicanos), durante as eleições de 2012.  
De acordo com Sangalli, o grampo foi feito por uma "caneta espiã".  

Tatiane também disse à época que, durante o pleito daquele ano, a equipe de Paulo Taques prestou serviços jurídicos para Pivetta e teria montado esse "escritório clandestino" no município.  

 Na época (2012), o juiz eleitoral André Gahyva chegou a pedir seu afastamento do cargo por conta da divulgação de um áudio pela imprensa. No mesmo dia, o corregedor regional eleitoral de Mato Grosso, desembargador Gerson Ferreira Paes, determinou a abertura de uma apuração para investigar as denúncias envolvendo o juiz.  

De acordo com a denúncia da época, a gravação seria entre Gahyva e o candidato a prefeito em Lucas do Rio Verde pelo PMDB, Rogério Ferrarin, para supostamente armar contra o postulante concorrente, o ex-prefeito Otaviano Pivetta , atual vice-governador. E não entre o juiz e alguém da coligação de Pivetta, como Sangalli disse.  

Já nas eleições de 2016  também há suspeitas de que houve interceptações telefônicas clandestinas no município. A  informação consta em um depoimento do ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos  (Sejudh), coronel Airton Benedito Siqueira, que  pode ter se omitido no caso.        

Em seu depoimento ainda em 2017, Siqueira confessou que Otaviano Pivetta teve o seu comitê de campanha "grampeado" em 2016, quando não conseguiu se reeleger. Segundo Siqueira, o então secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o teria comunicado que advogados do seu escritório, que estavam prestando serviços jurídicos a Pivetta durante a campanha, eram monitorados por policiais militares.      

Siqueira afirma que descobriu que o empresário Rogério Ferrarin, que à época atuava na campanha do então candidato Luiz Binotti (atual prefeito de Lucas),teria contratado o tenente coronel César Gomes por R$ 20 mil para averiguar suposta compra de votos.   

Com informações GD
 
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