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Notícias / Política

14/12/2022 | 07:50

Conselheiro chama Silval Barbosa de bandido

Redação TV Mais News

Conselheiro chama Silval Barbosa de bandido

Foto: Reprodução

A sessão desta terça-feira (13) do Tribunal de Contas do Estado foi marcada por desabafos, falas emocionadas e até xingamento ao ex-governador e delator Silval Barbosa. 

Conselheiros expressaram emoção, após a Procuradoria Geral da República (PGR) pedir o arquivamento do inquérito que investigava os membros da corte.

José Carlos Novelli, Antônio Joaquim, Waldir Teis, Valter Albano e Sérgio Ricardo, foram acusados de terem recebido propina na ordem de R$ 53 milhões na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Após a denúncia, eles foram afastados do cargo e ficaram cerca de 5 anos sem poder exercer suas funções no TCE.

Ao utilizar a palavra, Sergio Ricardo criticou a delação do ex-governador, que culminou na Operação Ararath e em seu afastamento.


“Eu estava lendo o despacho da Procuradoria Geral da República, a mesma [Procuradoria] que há seis anos, que entendeu devido a informações prestadas por um ladrão, bandido, facínora, que estava preso, que mentiu como moeda de troca para sair da cadeia. Há seis anos houve a compreensão de se acreditar na palavra de um bandido, de um facínora e marginal que estava preso e queria sair da cadeia”, disse.


Antônio Joaquim disse que o processo investigatório desencadeou em um “sofrimento violento” e “incalculável”. Com lágrimas nos olhos, ele também se emocionou ao relembrar o período em que foi afastado.


"Eu não tenho ódio, eu só não esqueço. Essa violência, essa falta de democracia. O que se fez foi uma violência. O ex-governador delatou mais de 200 pessoas e os únicos que foram penalizados antes de serem denunciados e julgados fomos nós cinco”, disse Joaquim.

Já Novelli classificou o pedido da PGR como um “ato de interferência divina”. “Uma investigação que dura praticamente 6 anos com todos nossos sigilos quebrados. Realmente é uma redenção. Deus está derramando todas as benções sobre esse tribunal”, disse.

Entenda

 

A ação apura supostos crimes delatados pelo ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário Pedro Nadaf, que assumiram o cometimento de vários crimes contra os cofres de Mato Grosso.

 

Os conselheiros chegaram a ser afastados em setembro de 2017 por conta das investigações, mas retornaram em fevereiro de 2021.

 

Em acordo de colaboração premiada, os conselheiros foram acusados de um esquema de R$ 53 milhões, com o propósito de aprovar as contas do Governador do Estado e não impor óbice ao andamento de projetos e obras do governo (MT Integrado, obras da Copa 2014).

 

Ocorre que para a subprocuradora as investigações não demostraram nenhum indício de que os conselheiros fizeram parte do esquema delatado por SIlval e Nadaf.

 

“Não foi possível carrear indícios que corroborassem os fatos apontados por Pedro Nadaf e Silval Barbosa, os acordos de colaboração premiada restaram isolados, de modo a não fundamentar o ajuizamento da ação penal”
 
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