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Notícias / Polícia

10/12/2017 | 09:54

Moradores depredam residência de casal após filhos serem resgatados

G1 MT

Moradores depredam residência de casal após filhos serem resgatados

Foto: G1 MT

A casa onde Natália Pereira dos Santos, de 32 anos, e o marido dela, Élio Roberto dos Santos, de 38 anos, moram no Bairro Pedregal, em Cuiabá, foi depredada depois que os filhos do casal foram resgatados com fome e sede em um quarto nos fundos da residência.

A Justiça mandou liberar a mãe após audiência de custódia. O pai continua preso por causa de um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de Goiás. 

Maria Gerluce Alves, vizinha do casal, contou que moradores da região invadiram o local para depredar a casa.

“Tinha muita gente. Eles usaram pedra, pedaço de pau, o que tinham. Alguém chamou a polícia, mas só acalmou com a chegada do reforço”, disse.

Os moradores se revoltaram depois que os filhos do casal foram resgatados em condições subumanas de um cômodo nos fundos da residência. Eles viviam sem energia elétrica ou acesso à comida e água potável, deixando o local apenas para irem à escola.

O local é sujo, com odor fétido, e os colchões onde as vítimas dormiam, estavam úmidos. No chão molhado, peças de roupas, cobertores e até material escolar foram encontrados pelos policiais.

 O odor fétido também pode ser sentido no cômodo. O conselheiro tutelar Wagner Vinícius de Lima, que assumiu o caso, define a situação como "terrível". Eles têm idade entre 6 e 14 anos.

Nos últimos dias, o pai havia cortado a "mistura", como as crianças se referem à comida completa, como um castigo de 30 dias, após a filha mais nova pegar um garfo da casa principal e levar para o cômodo que dividia com os irmãos. Dessa forma, nos últimos dias, as crianças viviam comendo arroz e feijão sem tempero e mal cozido - muitas vezes azedos -, que eram fornecidos pelo pai.

Prisão e soltura

O casal foi preso em flagrante por lesão corporal e tortura. Eles negaram as acusações durante audiência de custódia. A mãe foi solta por ordem da Justiça.

Na decisão, o juiz Mário Kono de Oliveira alegou que mantê-la presa seria algo "desnecessário" e que o afastamento dos pais poderia agravar a situação, pois ela trabalha como atendente de padaria em um supermercado da capital e é a única fonte de renda da família, devendo permanecer empregada para garantir o pagamento de pensão aos filhos.

Já o pai, continua preso já que possuía um mandado de prisão em aberto por um crime de estupro de vulnerável expedido pela comarca de São Simão (GO).

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