O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) encaminhou uma carta ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) na qual acusa o governador Mauro Mendes (União) de "descaso e mal uso dos recursos públicos". Isso porque o Estado está retirando os trilhos e postes implantados em Várzea Grande para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Na carta, a entidade diz estranhar e se indignar com a decisão do Estado em iniciar o processo de substituição do modal pelo BRT.
"A decisão de trocar o sistema de VLT com 70% implantado e que agora começa a ser destruído, para implantação do BRT, tem repercutido negativamente no país e no exterior, como ato fora de propósito e inadmissível sob o ponto de vista econômico e social", diz trecho da carta.
Para a entidade, o desmanche das obras do VLT, iniciado no último dia 5 de dezembro, causa enorme insegurança jurídica "com repercussões em todos os atores, nacionais e internacionais, de todas as áreas de infraestruturas".
Para o sindicado, essa troca sem a conclusão total das ações judiciais envolvendo o VLT, poderá afastar investidores nacionais e estrangeiros em projetos de infraestrutura.
A carta também foi remetida para o governador Mauro Mendes e para a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
O governador Mauro Mendes iniciou o desmonte da estrutura do VLT em Várzea Grande no início do mês, para que em fevereiro comece as obras do BRT. Em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) determinou a proibição de qualquer obra para retirada dos trilhos da Capital.
Segundo o gestor, o governo estaria destruindo as estrutura do VLT apenas com uma liminar do STF, que suspendeu a decisão do TCU e paralisar os trâmites do BRT.
(Com informações GD)