A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) segue movimentada. A eleição acontece no início de fevereiro, mas as tratativas já começaram. Após a polarização entre os nomes do deputado Max Russi (PSB) e do deputado estadual eleito Júlio Campos (União Brasil), a possibilidade do deputado Eduardo Botelho (União Brasil) buscar um novo mandato no comando da Mesa Diretora deu uma verdadeira reviravolta.

O presidente da AL, deputado Eduardo Botelho afirmou à imprensa, na noite desta segunda-feira (19), que vai disputar a reeleição. "É bem possível, é bem possível. De zero a 10 a possibilidade é 10", declarou.

Inicialmente, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) barrou Botelho na tentativa de se reeleger, já que ele estava cotato para disputar.

Na semana passada, veio à tona uma “brecha” na modulação de um julgamento do STF, que trata das ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) da reeleição nas mesas diretoras de assembleias legislativas do país, que poderá garantir sua participação na disputa.

De acordo com a nova decisão, concedida no Paraná, os ministros do STF entenderam que a proibição de reeleição se inicia a partir de janeiro de 2021 e que todas eleições anteriores não serão contabilizadas.

Como Botelho foi reeleito presidente em junho de 2020, antes da data estabelecida na nova decisão, poderia disputar a reeleição para o biênio 2023/2025.

Botelho aguardava um posicionamento de seus advogados para anunciar se disputaria o pleito ou não. Agora, ao que parece, ele recebeu o aval dos juristas.