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22/01/2023 | 09:27 - Atualizada em 24/01/2023 | 11:05

Lula exonera general cuiabano do comandante do Exército

O substituto escolhido por Lula será general Tomás Miguel Ribeiro Paiva

Redação TV Mais News

Lula exonera general cuiabano do comandante do Exército

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, no sábado (21), Júlio César de Arruda do posto de comandante do Exército do Brasil, segundo fontes do Palácio do Planalto. A expectativa é de que a demissão do militar do posto seja oficializada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O substituto escolhido por Lula para o cargo é o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Segundo ministros palacianos, a gota d’água para a demissão teria sido a recusa do militar em exonerar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, de um posto de comando em Goiânia.

A reportagem do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou que o comando do Exército designou Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, o 1º BAC, uma das unidades do Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia.

O batalhão reúne as mais bem treinadas tropas de elite do Exército e seus homens têm por atribuição realizar operações de emergência para debelar ameaças a Brasília e, em eventuais situações de guerra, cumprir missões delicadas contra alvos tidos como difíceis.

Após a reportagem, Lula mandou Arruda exonerar Cid do comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos. O general, porém, teria se recusado, o que causou o desgaste, já que o batalhão é peça-chave em caso de novos ataques terroristas.

A exoneração também ocorre um dia após o presidente ter se reunido com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das Forças Armadas. O encontro ocorreu nessa sexta-feira (20/1), em meio à relação tensionada do atual presidente com militares, inflamada pelos atos antidemocráticos na Esplanada dos Ministérios, em 8 de janeiro.

Arruda foi escolhido por Lula para o comando do Exército e assumiu o posto de maneira antecipada e interinamente ao final do ano passado. Antes dele, a cadeira era ocupada por Marco Antônio Freire Gomes.

Na ocasião, a nomeação antecipada de Júlio Cesar foi motivada pela pressão relacionada à segurança de Lula, revista em virtude da organização bolsonarista nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, e das ameaças de atentados vistas nos últimos dias na capital do país.
 
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