O governador Mauro Mendes (UB), os senadores Jayme Campos (UB), Welington Fagundes (PL), Margareth Busetti, e o Chefe da casa Civil de Mato Grosso, reuniram nesta quinta-feira (27), com o Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, no Palácio da Alvora em Brasília, e pediu apoio para viabilizar o cancelamento do leilão, e a transferência da Administração do Parque para o estado.

Segundo o governador a solicitação da transferência para o estado já havia sido solicitada em outras ocasiões nos últimos três anos, na gestão de Bolsonaro, o que não foi atendido pelo governo federal, que decidiu por realizar o leilão.

Um dos questionamentos por parte do governo de Mato Grosso são os investimentos que serão feitos no Porque, o governo contesta que tem em caixa o recurso de mais de R$ 5o milhões por ano, cerca de R$ 200 milhões para ser investidos em quatro anos (4), enquanto estranhamente a concessão prevê o investimento de 18 milhões em 30 anos ao ganhador. Para O governador estes investimentos não conseguirão promover as mudanças necessárias para alavancar o turismo em Chapada dos Guimarães.

No seu argumento Mauro Mendes exemplifica que somente uma reforma na Praça Dom Wunibaldo, de chapada dos Guimarães estão sendo investidos cerca de R$ 15 milhões de reais, e que seria impossível construir a estrutura de um Parque com R$ 18 milhões em 30 anos.

Para o governador o Parque é um dos atrativos mais importantes do Estado, e uma peça fundamental na estratégia de desenvolvimento turístico do Pantanal em Mato Grosso.

Nesta sexta-feira (27), o governador irá se reunir com a Ministra do Meio Ambiente Marina Silva para tratar desse assunto.

Segundo o governo existem investimentos previstos no parque que englobam o Complexo Véu de Noiva, construção de escadas e elevador e passarela para chegar próximo a cachoeira.

Além da construção de um estacionamento, lanchonete, praça, passarela de vidro e área de contemplação sobre o penhasco de mais de 70 metros de altura no Complexo do Portão do Inferno.

Leilão

Aconteceu no final do ano passado no último leilão da Bolsa de valores B3 em São Paulo (SP), para a concessão de 30 anos do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães em Mato Grosso, onde teve como vencedor um fundo de participação administrado pela “Parquetur Parque Fip em Infraestrutura”.

Os estudos para a concessão foram feitos pelos Ministério do Meio Ambiente, Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), e o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), com o apoio do Ministério do Turismo.

Com 32,6 mil hectares, o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães é uma das mais importantes áreas de preservação no Brasil.

Acontece que no dia 22 de dezembro de 2022,  no dia do Leilão, Mato Grosso não participou dos lances devido a uma interpretação da bancada que conduzia o certame, que entendeu que o Estado não teria entregues os documentos de garantias, que viabilizava MT a participar ativamente dos lances, o que não ocorreu, o envelope com o lance não pode ser aberto. O que de imediatamente deu ao Fundo de Participação o único lance que venceu o leilão, arrematando o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães por um valor de 1.009.132,27 milhão de reais.

Diante do impasse, naquele momento o governo através da MT Par alertou a banca do leilão que toda a documentação exigida para participação tinha sido entregue no tempo e no prazo necessário para habilitação. O que não foi atendido pelos dirigentes da bolsa.