O deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), que renunciou o mandato de vereador de Cuiabá para assumir uma cadeira no Assembleia Legislativa de Mato Grosso, agora corre o risco de ficar sem nenhum mandato, já que o julgamento sobre o descongelamento de votos do Partido Liberal (PL), acontecerá de forma virtual.
A decisão do julgamento via plenário virtual, foi autorizada pelo presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, um dia após Juca tomar posse.
O deputado junto ao MDB tentou barrar o processo com manobras jurídicas para retardar o julgamento. O primeiro foi o pedido que o julgamento acontecesse somente de forma presencial, já que a Justiça estava de recesso. O segundo pedido foi que não perdesse o mandato de vereador enquanto o TSE não julgasse o processo. Ambos foram negados.
O processo já havia iniciado o julgamento de forma virtual, e o ministro Ricardo Lewandowski, que é relator do processo decidiu pelo descongelamento de votos do PL. Com isso, o partido conseguiria que os 7.260 de Gilberto Mello fossem contabilizados, dando a última vaga na Assembleia Legislativa para o Delegado Claudinei, deixando Juca que foi puxado pelo número expressivo de votos de Janaína Riva (MDB), de fora.
Para tentar se manter na ALMT, Juca conta com a ajuda do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que enxerga em Juca do Guaraná, o único aliado fiel no parlamento estadual, já que os demais deputados da sua sigla são todos fechados apoio com o governador Mauro Mendes (União), que é o maior rival de Pinheiro.
Já Paulo Araújo (PP) que era aliado do prefeitoda Capital, também rompeu a ligação com o gestor, e Elizeu Nascimento (PL), tem jogado nos dois lados do campo político.
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) tem buscado se aproximar de Emanuel Pinheiro, que almeja a prefeitura de Cuiabá, e contaria inclusive com apoio do prefeito, mas que no entanto, essa aproximação não estaria agradando Mauro Mendes.
Acontece que Botelho é do mesmo partido que MM, e isso, tem feito o presidente da Casa de Leis pisar em ovos em suas futuras decisões.
(Com informações do Diário Digital MT)