Nos últimos anos, pensar em ativismo na Fórmula 1 é pensar e Lewis Hamilton, que vem fazendo ações durantes os finais de semana de corrida, mas a Federação Internacional de Automobilismo, quer coibir pilotos que fizerem qualquer tipo de manifestação pessoal nas corridas. Mas pilotos como Max Verstappen que é o atual campeão da Fórmula 1, Lando Norris que nos últimos anos vem se destacando em campanhas de saúde mental, Checo Perez e outros pilotos, se opor a essa nova medida da FIA, Stefano Domenicali, presidente da F1, negou que proibirá os pilotos de se manifestarem. Lewis Hamilton, diz que continuará com a responsabilidade social que ele tem junto a público. 


- Isso não me surpreende, mas nada vai me impedir de falar das coisas que me movem e das questões que elas apresentam. O esporte tem uma responsabilidade de, sempre, promover discussões e conscientização sobre tópicos importantes, particularmente enquanto continuarmos viajando para tantos lugares diferentes. Então nada muda para mim - opinou Hamilton.

Hamilton é atualmente o piloto mais engajado em movimentos sociais, não ficando apenas na luta contra o racismo, mas também dando voz para o movimento LGBTQIA+. 

O piloto inglês já esbarrou em outra ação da FIA, que visava impedir que os pilotos usassem adereços e outras peças de roupas. Isso aconteceu em 2020, quando Lewis subiu no pódio no GP da Toscana na Itália, que foi vencido por ele onde o mesmo usava uma camiseta pedindo a prisão dos policiais, que mataram da socorrista afro americana Breonna Taylor. 

Para a nova temporada da Fórmula 1, os pilotos terão que pedir autorização para protestar. A entidade baseia a nova medida no "princípio de neutralidade", afastando-se do que considera político - embora a entidade tenha se posicionado em prol da Ucrânia na ocasião do conflito político e bélico que eclodiu com a invasão russa em fevereiro de 2022.

No último ano, o presidente da FIA Mohammed Ben Sulayem criticou abertamente Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Lando Norris por suas manifestações dentro da F1 a favor de causas como o direito da mulher, da comunidade LGBTQIA+, o antirracismo e os cuidados com a saúde mental.

"O que não queremos é ter a FIA como plataforma para agenda pessoal privada. O que um Ninguém os está impedindo. Há outras plataformas para eles expressarem o que querem. Todos têm processo da FIA", disse ben Sulayem.

Lewis ainda disse que não é idiota a ponto de tomar multas propositalmente, mas quando der a oportunidade, ele vai se manifestar: 

"Seria idiota da minha parte dizer que eu quero receber punições por me pronunciar sobre as coisas. Mas eu continuarei falando o que penso. Ainda temos essa plataforma, há muitas coisas que precisamos resolver. O apoio de Stefano (Domenicali, presidente da F1) é algo que tem sido incrível. Acho que todos os pilotos estão alinhados sobre liberdade de expressão", completou Hamilton. A FIA não detalhou as punições previstas para quem descumprir a regra.

O heptacampeão entrará em sua 17ª temporada da carreira e a 11ª com a Mercedes em 2023, e já começou a discutir com a equipe alemã sobre a extensão de seu contrato.

"Já fizemos alguns contratos no passado e eles mudam pouco, então normalmente não é nada complexo além dos termos óbvios. Já tivemos uma conversa inicial, mas não quero me comprometer com nenhuma data, porque não é importante para ele nem para nós nessa fase. Sempre encontramos boas soluções que refletem seu valor para a equipe e para o esporte e, por outro lado, acho que Mercedes é o lugar que ele quer estar. Estas coisas nunca foram um ponto polêmico. Não é uma prioridade (renovar o contrato agora) porque essa é uma jornada que prosseguirá", revelou Toto Wolff, chefe da octacampeã de construtores.