A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pelas empresas de telefonia móvel em Mato Grosso. O deputado Diego Guimarães (Republicanos) foi designado para a presidência da CPI.
Além da escolha do presidente, os integrantes da CPI definiram que o deputado Juca do Guaraná (MDB) será o vice-presidente e sub-relator da telefonia e internet móvel da Baixada Cuiabana. Já o deputado Dr. Eugênio (PSB) será o relator-geral.
De acordo com o presidente, o objeto é investigar as eventuais irregularidades, falhas, falta de cobertura e sinal, cobranças indevidas pelas operadoras em Mao Grosso. “Essa CPI tem como escopo, averiguar a qualidade de serviço de telefonia e de internet móvel, bem como a disponibilidade dela, não somente nas cidades, mas também em distritos e logradouros, com contingente populacional razoável”, disse o parlamentar.
Segundo Guimarães, em Mato Grosso foi possível perceber nos últimos anos uma queda na qualidade dos serviços prestados. “Houve uma queda muito grande na qualidade do sinal e da disponibilidade em Mato Grosso. As empresas de telefonia têm contratualmente a obrigação de disponibilizar um ponto de acesso, um sinal que ofereça ao consumidor um conforto necessário, e a prestação desse serviço é essencial. Hoje é indispensável na vida das pessoas”.
Para Diego Guimarães, o nível de cobertura é insuficiente e, nos municípios em que há disponibilidade, a intermitência e falhas de sinal são fatos públicos. “E eu cito cidades como Água Boa, Comodoro, Novo Mundo, no distrito de União do Sul, localizado no município de Peixoto de Azevedo, com 15 mil habitantes, mas não tem serviço de telefonia internet móvel. Mato Groso precisa ser integrado. Não dá para continuar tendo esse desrespeito com o consumidor e não dá mais para termos esse empecilho para o desenvolvimento do estado”, disse Guimarães, que acrescentou ainda que, o a economia de Mato Grosso vem crescendo e “ainda encontramos, essa falha de comunicação, significa o isolamento de muitas regiões do estado”.
Diego Guimarães ainda lembrou de um recente apagão do Sistema da Operadora Vivo que deixou os clientes de Cuiabá e região, sem internet. Na ocasião, além da Capital, Várzea Grande, Campo Verde e Barra do Bugres enfrentaram problemas na conexão.
Para o deputado, é necessário pensar também no turismo que se fala em internet e telefonia móvel. “Vamos citar como exemplo, Bom Jardim que tem todo aquele potencial turístico, mas a telefonia não funciona. O Pantanal é outro, o turista quer ver as belezas naturais, mas também quer ter o conforto, a disponibilidade, até para poder trabalhar ou postar uma foto, e quando chega lá, ele percebe que o nosso turismo é extremamente amador”, critica Guimarães.
A CPI terá o prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado, para realizar os trabalhados e entregar os resultados à sociedade. “Queremos que ao final da CPI, possamos identificar os gargalos, para que assim, as empresas melhorem os sinais de acesso, que funcionem verdadeiramente a telefonia do estado de Mato Grosso”.
Vale lembrar que em 2013, a Assembleia Legislativa criou também uma CPI de Telefonia Móvel através da iniciativa do deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD). A comissão foi presidida por ele. A época a CPI foi criada por meio do Ato nº 07/2013 da Mesa Diretora.
Por isso, Diego Guimarães afirmou que pediu o desarquivamento da CPI da Telefonia Móvel realizada em 2013. Segundo ele, a medida foi tomada para que a assessoria técnica jurídica, de seu gabinete faça uma análise aprofundada de tudo que foi investigado e quais foram as conclusões que a CPI chegou em relação as metas e os prazos para melhorarem o serviço de telefonia móvel em Mato Grosso.
O grupo de investigação é composto pelos deputados Diego Guimarães (Republicanos) Dr. Eugênio (PSB), Carlos Avallone (PSDB), Juca do Guaraná (MDB) e Faissal Calil (Cidadania).
