O Deputado federal Abílio Brunini (PL), voltou  a ser notícia na mídia nacional, nesta quinta-feira (25), ao tumultuar a sessão de abertura Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro – formada por deputados e senadores. O parlamentar, que não é membro da Comissão, chegou ao plenário sem o traje adequado conforme o regimento interno do Congresso Nacional.

Primeiro, Abílio foi até a mesa e ficou ao lado do deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS). Depois, atrapalhou os trabalhos ao discutir com outros parlamentares, após ser repreendido pela deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) pelo seu comportamento.  

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) afirmou que Abílio queria “tumultuar os trabalhos” do colegiado. Os congressistas também criticaram o traje informal do deputado. 

"Tenho só uma indagação, se não tem uma veste prevista pelo regimento da Casa para deputados e senadores possam se manifestar? O deputado vem vestido da forma que quer, como se fosse um 'aerolook', e ainda quer tumultuar os trabalhos da CPMI. Eu peço a vossa senhoria [presidente] que faça cumprir o regimento para que o deputado respeite os trabalhos da CPMI. O deputado não está nem inscrito e fica interpelando as falas do colega", disse a deputada.  

“Veio de pijama e quer tirar onda”, disse o deputado Carlos Veras (PT-PE). 

Após a confusão, Abílio foi conduzido para fora da sessão. Depois, retornou vestido adequadamente como exige o regimento interno.  Em sua declaração, Abílio disse que a CPMI irá naufragar por conta da maioria dos membros serem governistas. Abílio também criticou alguns membros da CPMI e reclamou por ser retirado da sala.
 
A CPMI tem o objetivo de apurar os atos extremistas que ocorrem em Brasília no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas. O único representante mato-grossense na CPMI é o deputado federal Emanuelzinho (MDB), que atuará como suplente.