A vereadora Edna Sampaio (PT) deve apresentar defesa na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá nessa quarta-feira (28), às 14h30, conforme o cronograma divulgado pela Casa.
A petista é investigada por esquema de "rachadinha" por obrigar sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, a devolver a ela 100% da verba indenizatória de R$ 5 mil, quando a legislação entende que o valor é parte dos proventos de quem exerce a chefia do gabinete.
Em depoimento, Laura disse que nunca soube que o dinheiro lhe pertencia e era cobrada todos os meses pelo marido de Edna, Willian Sampaio, a depositar o valor em uma conta no nome da vereadora.
Laura, que foi demitida grávida, chegou a chorar e disse que implorou para permanecer no emprego, mas teria ouvido da vereadora que sua gravidez “custaria muito ao mandato".
Entre as punições possíveis, Edna pode ser cassada.
O caso
A petista é acusada de ter feito um suposto esquema de "rachadinha" em seu gabinete na Câmara de Cuiabá.
Segundo recibos de depósitos, Edna recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira.
Segundo o vereador, que é suplente de Maysa Leão (Republicanos), as denúncias apresentadas pela imprensa são graves e devem ser apuradas. Ele ainda afirmou que "por muito menos vereadores foram cassados" na Câmara.
Após o requerimento ser lido na sessão plenária, a representação seguirá os trâmites internos para seguimento na Câmara de Leis.
A vereadora negou que tenha feito rachadinha. Durante discurso na sessão plenária, ela afirmou que não teme ser alvo de uma possível cassação e que acredita que a verdade aparecerá.
Edna explicou que a VI nunca foi utilizada de forma privada e todos os recursos eram para a manutenção do mandato, que eram disponibilizados tanto para vereadora quanto para a chefe de gabinete.
Ela ainda afirmou que para não misturar o recurso com sua conta privada criou uma conta do mandato, que ela chama de coletivo, onde eram depositadas as verbas indenizatórias.
A vereadora ainda afirmou que a denúncia tem cunho político, com intuito, segundo ela, de prejudicá-la na Câmara Municipal por ser oposição.