28/06/2023 | 11:17
Sintep tem protesto esvaziado em Cuiabá por baixa adesão dos professores
Das 668 unidades escolares de todo o Estado, somente 66 teriam aderido à paralisação
TVMais News
Foto: RepórterMT
A Marcha Estadual dos Trabalhadores da Educação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), teve baixa adesão dos professores nesta quarta-feira (28). Mesmo com a participação dos pescadores, que protestam contra o projeto de lei, que proíbe a pesca predatória em todo o Estado por cinco anos, o sindicato não conseguiu reunir grande volume de manifestantes na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA.
Das 668 unidades escolares de todo o Estado, somente 66 teriam aderido à paralisação, o que demonstra o não alinhamento da categoria com as lideranças sindicais.
A alegação para a realização do ato são as perdas da Lei 510/2013, conhecida como lei da dobra. Contudo, essa legislação foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso em 2021. Com isso, o funcionalismo público estadual como um todo tem recebido a Revisão Geral Anual (RGA), combatendo as perdas inflacionárias.
Além disso, os profissionais da educação falam em “desmonte” da educação pública, “confisco” de 14% das aposentadorias e pensões e na “precarização” das condições de trabalho. O governo, por outro lado, fala em melhora nos índices da educação, investimentos em infraestrutura para todas as unidades escolares e alunos, e até mesmo política de aumento de remuneração por resultado.
O governador Mauro Mendes (União), já havia manifestado descontentamento com a ideia de paralisação e deixou claro que os servidores que aderissem ao movimento teriam o ponto cortado, conforme estabeleceu decisão recente da Justiça.
“O Supremo Tribunal Federal já manifestou a esse sentido e nós aplicamos lá em 2019. Qualquer servidor que fizer greve é falta e corte de ponto, cabe ao sindicato entrar na Justiça e provar que aquele movimento é legal. Ponto. Isso não é uma decisão do governador Mauro Mende, isso é uma decisão do Supremo Tribunal Federal que já decidiu nesse sentido”, disse Mauro.
O secretário estadual de educação, Alan Porto, ressaltou que a pasta vive um bom momento no estado, com bons resultados e perspectiva de melhora real nos índices do Estado. Para ele, não faz sentido falar em paralisação e os mais prejudicados serão os alunos.
Fonte: RepórterMT
“Não faz sentido nenhum. Estamos com nossas políticas públicas a todo vapor para melhorar aprendizagem. Infelizmente quem vai ter prejuízo com esse dia de paralisação são os nossos 350 mil estudantes, que terão que repor esse dia de aula”, pontuou.