A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá anexou ao processo disciplinar as novas provas apresentadas pela ex-chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Laura Natasha. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (06), durante reunião dos membros do grupo.
A princípio, foi descartado uma nova oitiva com a ex-servidora. Apenas as novas provas apresentadas por ela foram aceitas e serão levadas em consideração na elaboração do relatório final.
Diante disso, a vereadora será notificada sobre a decisão, e o prazo de cinco sessões para apresentação de defesa escrita, o qual já estava correndo, retornará do zero e passará a valer a partir da sessão ordinária da próxima terça-feira (11).
Isso ratifica o fato de o desfecho sobre o caso sair apenas após o recesso parlamentar.
A partir do dia 17 deste mês, os vereadores por Cuiabá entram de “férias” e retornam ao trabalho legislativo apenas no dia 1º de agosto.
Conforme prazo concedido pela Comissão de Ética, Edna tem até p dia 25 para apresentar sua defesa. Neste período, a Casa de Leis estará de recesso, e todos os prazos ficam suspensos.
O caso
A petista é acusada de ter feito um suposto esquema de "rachadinha" em seu gabinete na Câmara de Cuiabá.
Segundo recibos de depósitos, Edna recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira.
Segundo o vereador, que é suplente de Maysa Leão (Republicanos), as denúncias apresentadas pela imprensa são graves e devem ser apuradas. Ele ainda afirmou que "por muito menos vereadores foram cassados" na Câmara.
Após o requerimento ser lido na sessão plenária, a representação seguirá os trâmites internos para seguimento na Câmara de Leis.
A vereadora negou que tenha feito rachadinha. Durante discurso na sessão plenária, ela afirmou que não teme ser alvo de uma possível cassação e que acredita que a verdade aparecerá.
Edna explicou que a VI nunca foi utilizada de forma privada e todos os recursos eram para a manutenção do mandato, que eram disponibilizados tanto para vereadora quanto para a chefe de gabinete.
Ela ainda afirmou que para não misturar o recurso com sua conta privada criou uma conta do mandato, que ela chama de coletivo, onde eram depositadas as verbas indenizatórias.
A vereadora ainda afirmou que a denúncia tem cunho político, com intuito, segundo ela, de prejudicá-la na Câmara Municipal por ser oposição.
(Com informações Leiagora)