Mato Grosso está entre os 10 estados com mais cervejarias do País. Em oitava colocação, possui uma cervejaria para cada 155 mil habitantes. O estado ainda é destaque em geração de empregos, com mais de 1 mil vagas preenchidas no setor cervejeiro.

Os dados são da edição mais recente do Anuário da Cerveja divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na última quarta-feira (05).

Com um total de 23 cervejarias registradas em 13 municípios, Mato Grosso  teve um aumento de 360% no número de cervejarias. Em 2020, o estado tinha apenas 5 empresas registradas e, dois anos depois, em 2022, esse número subiu para 23.

Da região Centro-Oeste, o estado é o segundo, ficando atrás somente de Goiás com 40 cervejarias. Depois vem o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. No entanto, São Paulo foi o que mais se destacou em relação a crescimento, passando de 47 para 387 cervejarias, no mesmo período.

Em 2022, ano em que os dados do levantamento foram coletados, as cervejarias do estado registraram 265 cervejas, uma média de 11,5 produtos registrados por estabelecimento.

No quesito marcas, cada estabelecimento teve em média 13,2 registros, totalizando 303 em todo estado. Um mesmo registro de cerveja pode contemplar mais de uma marca comercial, segundo o levantamento, isso porque quando possuem composição e denominação idênticas se tratam do mesmo produto sendo comercializado apenas por marcas diferentes.

Mato Grosso também ficou em 10° lugar no ranking dos estados com maior geração de empregos no setor. Ao todo foram 1.052 empregos no ano passado. O estado representa 2,5% do total de empregados gerados na área.

Segundo a pesquisa, para verificar a situação foram utilizados os dados do Novo Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).

O relatório explica que os empregos gerados nas fábricas de cerveja resultam em empregos diretos e indiretos em toda a cadeia do setor, seja com insumos, máquinas e equipamentos, a montante, com a distribuição e comercialização em supermercados, bares e restaurantes, além de outras atividades do setor como serviços, consultorias e educação cervejeira.

O setor cervejeiro também vem ganhando peso na economia nacional por meio dos tributos arrecadados pelo governo. O imposto de maior incidência sobre a cerveja é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas levando em consideração apenas tributos federais, a arrecadação ultrapassou os R$ 2 bilhões.